Carta da 8ª Feira de Ecosol e da 19ª Feicoop 2012

• 8ª FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DO MERCOSUL
• 19ª FEICOOP – Feira Estadual do Cooperativismo
• 11ª Feira Nacional de Economia Solidária
• 12ª Mostra da Biodiversidade e Feira da Agricultura Familiar
•   8º Seminário Latino Americano de Economia Solidária
•   8ª Caminhada Ecumênica e Internacional pela Paz e Justiça Social
•   8º Levante da Juventude Rural e Urbana do RS

 

                No período de 13 a 15 de julho de 2012, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter em Santa Maria/RS, reuniram-se na 8ª ECOSOL e 19ª FEICOOP, participantes de grupos de Economia Solidária, Entidades e Organizações de assessoria e formação em Economia Solidária, representantes do Poder Público Municipal, Estadual, Federal, Movimentos Populares, Pastorais Sociais, Cooperativas, Sindicatos, Levante da Juventude, vindos de 04 Continentes, 15 Países, 27 Estados, 478 Municípios, 830 Grupos Expositores, 170 mil pessoas passaram pela Feira durante os 3 dias, oficializados pela Brigada Militar, mais de 500 jovens do 8º Levante da Juventude, 4.750 Empreendimentos Solidários representados em Rede. A partir da troca de experiências, na realização das Oficinas, rodas de conversa, Seminários, painéis, 8º Caminhada Ecumênica e Internacional pela Paz e Justiça Social, debates, através dos momentos culturais, das músicas e expressões artísticas e populares.

 

DENUNCIAMOS:

ü  O profundo e negativo impacto do modo hegemônico neoliberal na institucionalidade e políticas impulsionadas a partir de diferentes Estados Latino Americanos;

ü  Políticas que se expressam na expropriação das riquezas nacionais; na privatização e mercantilização de bens e serviços elementares como água,sementes, habitação, educação e saúde; na precarização e exploração do trabalho, promovendo um modelo de produção cada vez mais extrativista , predador  e  excludente;

ü  A crescente monopolização e manejo especulativo dos diferentes mercados, por parte das corporações do capitalismo global, dominando e explorando mediante novas formas de imposição do modelo neoliberal.

AFIRMAMOS QUE:

ü  A FEICOOP não se constitui como Evento pontual, mas, como processo “Aprendente e Ensinante”, irradiador de experiências formativas, de produção, troca e consumo solidário;

ü  O mutirão de esforços de diferentes atores sociais, através da organização de grupos e equipes de trabalho que constróem a Economia Popular Solidária, em nossos Municípios, Estados e Países;

ü  A necessidade de intensificar a luta pela construção de outro modelo de desenvolvimento – que seja Solidário, Sustentável e Territorial – que valorize a riqueza da diversidade de cada cultura, região e iniciativas  populares;

ü  Um “Outro Mundo é Possível” e que “Outra Economia já Acontece”, mediante a força e a resistência de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade  em todo  Planeta Terra.

ü  Afirmamos com o Provérbio Africano que: “Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra”.

 

 

 

PROPOMOS:

ü  Fortalecer as Redes e Fóruns de Economia Solidária, na perspectiva da integração campo e cidade, como experiências concretas de Comércio Justo, de Consumo Ético e Solidário;

ü  Orientar para que o consumo seja ético- afirmando que é um ato político que promove o modelo de economia com distribuição de riquezas;

ü  Divulgar Clubes de Trocas que se organizam nos espaços da comunidade, buscando o protagonismo das pessoas envolvidas e fortalecer a Rede Estadual de Trocas Solidárias – RETS e sua importância junto as entidades de apoio e fomento;

ü  Divulgar a Rede de Educação Cidadã – RECID;

ü  Dar visibilidade as experiências de educação popular no sistema público de ensino;

ü  Defender a educação pública e de qualidade;

ü  Intensificar processos de Formação para agentes de Economia Solidária em todos os  níveis;

ü  Fortalecer os processos em curso, através das plenárias locais e estaduais, para a V Plenária Nacional de Economia Solidária;

ü  Intensificar a coleta de assinaturas pela aprovação da Lei Nacional de Economia Solidária;

ü  Impulsionar as assembléias populares e o debate sobre o projeto popular para o Brasil;

ü  Defender as diretrizes da Constituição Federal de 1988, especialmente no que se refere a garantia e ampliação de direitos e de políticas públicas;

ü  Participar dos processos de reforma agrária, política, tributária e urbana, na perspectiva de ampliação de direitos e políticas públicas para a classe trabalhadora;

ü  Estimular a aplicação da Lei da Ficha Limpa, contra a corrupção eleitoral e administrativa;

ü  Defender o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Lei de Iniciativa Popular que prevê a aplicação de 10% do orçamento público para a área da saúde;

ü  Lutar para a criação de políticas estruturantes de enfrentamento à pobreza;

ü  Mobilizar esforços para a criação de uma Política Nacional de Enfrentamento à Estiagem e situações de desastres e riscos ambientais;

ü  Incentivar a criação do Orçamento Participativo Nacional;

ü  Intensificar a luta e mobilização para o dia 07 de setembro – Grito dos Excluídos e Excluídas;

ü  Desenvolver um amplo debate sobre “O Estado que temos e o Estado que queremos” a partir das lutas e bandeiras dos povos da América Latina.

ü  Com tudo isso, podemos afirmar com sábio Provérbio Chinês: “Se quiseres fazer planejamento para 1 ano: plante cereais, Se quiseres fazer planejamento para 30 anos; plante árvores, Se quiseres fazer planejamento para 100 anos: Organize e motive a organização do Povo”.

 

Santa Maria, RS, Brasil, 15 de julho de 2012

 

Local: Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter

Rua Heitor Campos, snº – Santa Maria – RS – Brasil

 

DESTAQUES DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES DOS EVENTOS

INTERNACIONAIS DO COOPERATIVISMO E DE

ECONOMIA SOLIDÁRIA DO MERCOSUL

 

v  04 Continentes. v  15 Países. v   27 Estados Brasileiros. v   478 Municípios  do Brasil  e  da América  Latina. v   830 Grupos Expositores. v  Seminários . v  Oficinas . v  Atividades Culturais . v  170 mil pessoas passarem pela Feira durante os 3 dias. v  Mais de 500 Jovens no 8º Levante da Juventude  do  Brasil  e  America Latina. v  Mais de   2.000  pessoas   na 8ª Caminhada Ecumênica e Internacional pela Paz e Justiça Social v  Mais de 4.750 Empreendimentos Solidários representados em Rede. v  Dezenas de Entidades Parceiras, Apoiadoras e Patrocinadoras. v  Dezenasas de Veículos de Comunicação: Rádios, Jornais e Televisões e sites que divulgaram os Eventos Internacionais no Brasil e na América Latina e outros  Continentes. v  Dezenas de lançamentos de Vídeos, Cartilhas, Jornais, Livros, Documentários e muitas outras atividades formativas e interativas, entre os participantes e os Empreendimentos Solidários e Entidades Parceiras e Apoiadoras dos Eventos Internacionais. v  Apoio e Patrocínio de Empresas, Entidades Parceiras e Governos  a  nível  Municipal,  Estaddual  e Federal v  A presença de dezenas de Universidades de Cursos diversos. v  Diversas pesquisas realizadas por Professores, Acadêmicos e Cursos diversos das. Universidades presentes do Brasil  e  da  América Latina. v  Centenas de entrevistas em rádios, jornais e Televisão antes duratne  e  depois, sites e blogs. v  Mais de 7.500 produtos em variedades e diversificação dos expositores . v  Atividades Culturais, Ambientais, Autogestionárias e Educativas. v  Presença de inúmeras Escolas Estaduais, Municipais e Particulares. v  Mais de 200 Representantes dos Povos Indígenas de 08 Tribos e Etnias  do Brasil  e  outros  países. v  Presença de Agricultores Familiares, Quilombolas, Catadores/as, Povos Indígenas. Artesãos/as, Educadores, Artistas da Caminhada e Gestores Públicos. v  Destaques, entre muitos outras, da 8ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) pela participação e interação, qualificando o espaço da Educação e a Economia Solidária, na construção do conhecimento e Políticas Públicas para  Economia Solidária. v  Representantes  dos  Governos  a  nível  Municipal, Estadual  e  Federal, Assembléia  Legislativa  e  Câmara  dos  Deputados. v  Mais  de 20 mil  metros  deárea  coberta  construída  para  o Evento. v  Dezenas   de Mutirões  para  organizar  os  Eventos  Internacionais.