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CÂMARA. Os deputados que mais faltaram em 4 anos. E os mais assíduos. Aqui, Tiririca é um dos campeões

Tiririca marcou presença nas 393 sessões realizadas nos  quatro anos: supercampeão de assiduidade
Tiririca marcou presença nas 393 sessões nos quatro anos: supercampeão de assiduidade

Vamos começar pela parte boa, vamos dizer assim (embora, com carradas de razão, se pode dizer que não cumpriram mais que a obrigação).  Em um total de mais de 600 parlamentares (incluídos os suplentes que assumiram) que passaram pela Câmara dos Deputados na legislatura passada, apenas cinco compareceram às 393 sessões deliberativas realizadas no período.

Foram os mais assíduos, na unanimidade das sessões, o Tiririca (sim, o Tiririca), do PR de São Paulo, Lincoln Portela (PR/MG), Pedro Chaves (PMDB/GO), Reguffe (PDT/DF) e Carlos Manato (SD/ES). Palmas para eles, é preciso. Mas, e o outro lado. Ah, aí a coisa muda de figura e até de, digamos, “padrão”.

Os cinco mais ausentes todos são notórios. A começar por Paulo Maluf, do PP paulista. E pode continuar com o Pastor Marcos Feliciano, queridinho da extrema-direita, ele que é do PSC paulista. Os outros três: Nice Lobão (PSD/MA), mulher do ministro; João Lyra (PSD/AL) e o único desconhecido nacionalmente, Zé Vieira(Pros-MA). Todo o quinteto faltou mais de um ano de quatro que se compõe o mandato. E dois deles, ainda mais tempo que isso.

Quarto mais faltoso, Maluf acumulou 198 faltas e 195 presenças: mais da metade do mandato
Quarto mais faltoso, Maluf acumulou 198 faltas e 195 presenças: mais da metade do mandato

Quer saber mais? Vale conferir o material publicado originalmente na revista Congresso em Foco e publicado no portal especializado do mesmo nome. A reportagem é de Sara Resende, com fotos de Beto Oliveira (Maluf) e Antônio Cruz/ABr (Tiririca). A seguir:

Exclusivo: 93 deputados faltaram um ano de mandato

… De fevereiro de 2011 a dezembro de 2014, o calendário registrou aproximadamente 990 dias úteis para o trabalhador brasileiro. No mes­mo período, a presença dos deputados federais foi exigida apenas nos 393 dias em que foram convocadas sessões destinadas a votação. Ainda assim, 93 parlamentares faltaram o equivalen­te a um dos quatro anos da legislatura. Entre eles, quatro deixaram de comparecer a mais da metade do mandato. Na maioria dos casos, o salário dos políticos nem foi descontado, dife­rentemente do que ocorre com o trabalhador comum, aquele que teve de comparecer mais do dobro de vezes ao serviço. Os dados, repassados pela Câmara com base na Lei de Acesso à Informação, foram publicados no novo número da Revista Congresso em Foco.

Entre os parlamentares que faltaram proporcio­nalmente a mais de um ano do mandato, há figuras controversas, como o Pastor Marco Feliciano (PSC­-SP), que causou polêmica em sua passagem pela presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, e Paulo Maluf (PP-SP), incluído na lista de procurados da Interpol. Feliciano, por exemplo, faltou a 100 (25,4%) das 393 sessões deliberativas. Todas as faltas dele foram justificadas.

Quarto mais faltoso da legislatura passada, Maluf foi além: deixou de comparecer a mais da metade das reuniões em plenário. Foram 195 presenças e 198 faltas no período. Além dele, outros três deputa­dos faltaram o equivalente a dois anos do mandato. João Lyra (PSD-AL), Nice Lobão (PSD-MA) e Zé Vieira (Pros-MA) encabeçam a lista dos mais ausentes. Maluf explica que todas suas ausências foram justificadas e que a Mesa Diretora acatou suas licenças médicas.

Eleito em 2010 como o parlamentar mais rico de todo o Congresso, com patrimônio declarado de R$ 240 milhões, o usineiro João Lyra foi o deputado mais ausente da última legislatura. Ele acumulou 227 faltas (todas justificadas) durante os quatro anos, ou seja, apa­receu em apenas 42% das sessões. Ao longo do manda­to, respondeu a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de trabalho escravo. O processo continua em instância inferior da Justiça. De acordo com a assessoria de Lyra, o ex-parlamentar não fala mais sobre fatos relacionados às suas atividades políticas.

Nice Lobão deixou de comparecer a 60% das 365 sessões em que exerceu mandato. A ex-deputa­da somou 222 faltas, cinco a menos que João Lyra. Nice é esposa do senador Edison Lobão (PMDB­-MA), também investigado na Lava Jato. Curio­samente, é mãe do campeão de faltas no Senado, Lobão Filho (PMDB-MA), que exerceu o mandato entre 2011 e 2014. A ex-deputada alega que suas ausências decorreram de problemas de saúde, jus­tificadas em atestados médicos. Maranhense como Nice, Zé Vieira faltou a 53% das reuniões que a Câ­mara reservou para votação em quatro anos…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI

E OS MAIS ASSÍDUOS, QUEM FORAM? AQUI.

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