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ESTADO. Sartori segue a agenda interrompida do ex-governador Britto. São os indícios que um jornalista vê

O ex-governador Antonio Britto (1995-1998), hoje na iniciativa privada, promoveu, através de leis aprovadas na Assembleia Legislativa, onde estava (e até presidiu) o atual governador José Ivo Sartori, as privatizações da CRT e da CEEE, extinguiu a Caixa Econômica Estadual e realizou o Programa de Demissão Voluntária.

Britto governou o Estado que teve, na Assembleia, a presidência de Sartori. Ambos do PMDB
Britto governou o Estado que teve, na Assembleia, a presidência de Sartori. Ambos do PMDB

Hoje, o atual comandante do Palácio Piratini, aos poucos começa a delinear um plano que retoma as ideias de seu ex-companheiro de partido, pretendendo privatizar outras empresas públicas, dando indícios, inclusive, de que a Corsan deva ser a joia da coroa.

Teoria? Pode ser. Mas o jornalista Marco Weissheimer, no jornal eletrônico Sul21 (confira abaixo), faz uma leitura coerente com que se tem lido no Rio Grande do Sul nos últimos tempos, especialmente nos veículos do Grupo RBS (que também apoiou com bastante força as ideias de Britto), e como este sítio registrou na madrugada passada.

Delírio? Ou análise correta da conjuntura, a partir dos movimentos do governo Sartori? Bueno, as reações já estão vindo, como você pode conferir no texto do profissional, a seguir:

 “Com vazamentos na mídia, Sartori indica retomada de agenda do governo Britto

O governo do Estado do Rio Grande do Sul não negou nem confirmou as notícias veiculadas nesta segunda-feira (20), pelo jornal Zero Hora, dando conta de um pacote de projetos que seria enviado no início de agosto para a Assembleia Legislativa, incluindo medidas como o aumento de impostos, privatizações e venda de ações de estatais. Segundo a colunista política de ZH, Rosane de Oliveira, o esboço do pacote já teria sido apresentado ao secretariado e discutido com dirigentes de entidades empresariais do Estado. Não é a primeira vez que planos do governo estadual vêm a público não por alguma voz oficial do Palácio Piratini, mas sim por meio da imprensa.

Nos últimos dias, o jornal do Grupo RBS vem construindo, por meio uma série de reportagens, uma narrativa que desemboca no pacote divulgado nesta segunda. No domingo, uma reportagem especial tratou dos obstáculos que o governo do Estado teria que vencer para privatizar empresas públicas. Intitulada “Piratini tem longo caminho a percorrer antes das privatizações”, a matéria identifica as “dificuldades conjunturais e burocráticas” para a implementação desse receituário e aponta possíveis empresas cuja privatização estaria sendo avaliada: Companhia Riograndense de Artes Gráficas (Corag), Companhia Riograndense de Mineração, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde, Fundação Zoobotânica, Procergs, Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) e Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás).

Na edição desta segunda, além do anúncio do tarifaço e de possíveis privatizações, o jornal apresenta outra matéria afirmando que as despesas com o funcionalismo estariam chegando ao limite do que é admitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Como vem acontecendo, de modo geral, desde janeiro deste ano, o governador José Ivo Sartori não diz nem que sim nem que não. Arredio à imprensa, um dos poucos momentos em que Sartori rompeu esse silêncio foi em entrevista concedida via Skype, ao jornalista David Coimbra, também da RBS, onde, entre outras coisas, admitiu a possibilidade de vender patrimônio público para enfrentar a crise financeira do Estado. Aos poucos, esses vazamentos e entrevistas seletivas vão indicando a retomada de uma agenda que já foi implementada no Estado no governo de Antonio Britto (1995-1998)…”

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2 Comentários

  1. Sou a favor das privatizações, no caso da CORSAN com certeza o valor da água e demais taxas baixaria e principalmente melhoraria o atendimento ao cliente que hoje é um caos.

  2. Existem muitas teorias da conspiração no que diz respeito a privatizações. Coisas da esquerda que quer ter razão com inverdades.
    CRT foi privatizada em duas fases, venderam 35% das ações em 96 e o resto em 98. Investimentos pularam de 226 milhões em 95 para 405 milhões em 96. Cabos de fibra ótica: 483 Km em 95, 1080 em 96. 37% de digitalização da planta em 95, 51% em 96.
    Falam da CEEE (óbvio que porcaria ninguém quer comprar) e omitem a CGTEE que foi transferida ao governo federal, abateu a dívida e andava dando prejuízo ultimamente.
    PDV é voluntário e, país afora, muitos que aderiram a programas semelhantes gastaram mal a grana e depois entraram na justiça pleiteando a reintegração ao funcionalismo público sem devolver o que receberam.
    Banrisul a discussão é mais complexa. Se tivesse sido privatizado lá atrás, abateria a dívida e talvez o repasse do RS à União seria menor hoje. O abatimento poderia ser superior ao lucro que o banco dá atualmente.
    De qualque maneira, privatizações só são tabu para partidos de esquerda (querem Estado máximo), os sindicatos por eles controlados e funcionários públicos (que andam se comportando como uma casta à parte ultimamente).

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