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UFSM. Acusação de “antissemitismo” vira caso para Polícia e Ministério Público Federal. Burmann foi à PF

Campus da UFSM: instituição, por seus dirigentes, sofre acusações e dá sua explicação
Campus da UFSM: instituição, por seus dirigentes, sofre acusações e dá sua explicação

A acusação, partida de um professor da UFRGS, e que trouxe também manifestações de variadas organizações, além de imediata repercussão na internet, com, inclusive, uma tomada de posição oficial do próprio Ministério da Educação, virou caso para apuração pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

Trata-se, no caso, da história de que a Universidade Federal de Santa Maria, por seus escalões superiores, teria praticado um ato considerado “antissemita”. E que levou o reitor Paulo Burmann a passar parte da tarde de sexta-feira na Polícia Federal, em Santa Maria.

Tudo isso, especialmente o que ocorreu na sexta, pode ser encontrado em material originalmente publicado no G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A foto é de Arquivo. Acompanhe:

ufsm documentoPF e MPF apuram suposto racismo contra israelenses na UFSM

…A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MP) vão investigar um suposto caso de discriminação na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O motivo da denúncia foi o questionamento da instituição sobre a presença de israelenses em cursos na universidade.

Nesta sexta-feira (15), o reitor da UFSM, Paulo Burmann, passou parte da tarde na Polícia Federal. Ele foi dar explicações sobre um documento enviado pela reitoria aos cursos de pós-graduação no dia 15 de maio, perguntando se havia alunos e professores israelenses nos departamentos.

O documento foi compartilhado nas redes sociais, e o caso chegou ao Ministério Público Federal (MPF) depois que um professor universitário aposentado enviou uma noticia-crime aos procuradores denunciando discriminação e preconceito contra o povo judeu. O MPF federal vai analisar o caso.  

O reitor diz que atendeu a um pedido feito por entidades que apoiam a causa palestina, entre elas o sindicato dos professores da UFSM (Sedufsm). O objetivo dessas entidades seria verificar um possível convenio entre a UFSM com uma empresa israelense, que produz tecnologia militar e armamentos. O pedido foi feito com base na Lei de Acesso a Informação.

“Esse documento busca a informação se havia ou não estudantes ou professores israelenses na UFSM. Não se buscou nome, nem identificar quantos, apenas se havia ou não. Tudo isso trata do cumprimento da Lei de Acesso à Informação”, justificou o reitor.

A lei federal regulamenta a divulgação de dados pelos órgãos públicos a pessoas e entidades. Mas o artigo sexto garante o sigilo das informações pessoais. E o decreto de regulamentação da lei diz que esses dados só podem ser divulgados com consentimento expresso da pessoa.

Uma reprodução do documento que foi compartilhada nas redes sociais exibia um selo com dizeres em inglês: “Freedom For Palestine. Boycott Israel” (Liberdade para a Palestina. Boicote Israel, na tradução), no final do texto. Por meio de sua assessoria de imprensa, a UFSM diz que o memorando foi “adulterado” com a frase.

A PF de Santa Maria abriu um inquérito nesta sexta para apurar um suposto crime. Segundo o delegado Getúlio Jorge de Vargas, o primeiro passo será identificar se houve algum tipo de preconceito por parte da universidade, o que é negado pela instituição. Depois, a PF vai analisar a suposta adulteração do documento e, caso isso seja confirmado, que foi o responsável por isso.  

A Fundação Israelita do Rio Grande do Sul vai cobrar explicações sobre o caso ao Ministério da Educação. Em nota, a entidade diz que teme pelo recrudescimento de ações anti-semitas no estado. “É sabido que há um crescimento de boicotes a Israel em universidades pelo país. Vamos a fundo neste caso, pois se trata de assunto grave, inclusive com repercussões negativas na imprensa internacional”, diz o presidente, Zalmir Chwartzman…”

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2 Comentários

  1. Aspectos legais de alguma forma se resolvem. Cabe ressaltar a resposta de uma das entidades:"Caso fosse confirmada essa parceria a intenção do DCE era de barrá-la." Quais os meios que seriam utilizados e qual a legitimidade para fazer isto não se sabe. Afinal, nenhum dos signatários do requerimento tem procuração para representar a população brasileira e nem foram eleitos para isto.
    Mudando do saco pra mala, existe um processo "estatuinte" na UFSM. E algumas entidades envolvidas no imbroglio também estão bastante presentes no tal processo. Esperam-se bastantes determinações "democráticas" no novo estatuto.
    Ah! A primeira mandatária da nação continua andando de bicicleta para mostrar que é "humana"; coisas do marketing. E o Instituto de Ciências Ocultas e Letras Apagadas de Bossorowsky decretou que a UFSM é um importante centro tecnlógico deste lado da galáxia.

  2. O argumento de que “O pedido de informação baseou-se no dever da informação pública” foi claramente contestado pelo atual ministro da Educação: “Após receber as informações da instituição, o MEC manifesta seu claro posicionamento de que a Lei de Acesso à informação não pode ser utilizada de forma a violar os direitos fundamentais de outros cidadãos”.
    http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21373%3Amec-manifesta-discordancia-com-qualquer-forma-de-discriminacao&catid=222&Itemid=86

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