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Por dentro. O que pensam os (agora otimistas) formuladores da campanha presidencial de Lula

Não falta jornalista, especialmente dos vinculados aos grandes veículos de comunicação, que diz ter fontes próximas ao Presidente da República – ou de seu oponente. Muitos são capazes de dizer, ipsis literes, o teor de uma reunião de meia hora entre os grandões da campanha de Lula – ou de Alckmin.

Pessoalmente, leio sempre com alguma reserva esse tipo de descrição, por mais verossímel que pareça. O que não significa, porém, que os profissionais não cultivem fontes que, sob reserva do nome, oferecem informações capazes de conduzir a uma análise equilibrada. Modestamente, tenho as minhas. Não, não, não com Lula; nem com Alckmin. Mas aqui no interior da província, mesmo.

Explicado isso, acho perfeitamente possível que o comentarista Paulo Moreira Leite que, entre outras funções, foi diretor de redação da revista Veja e hoje está mais vinculado ao jornal O Estado de São Paulo tenha condições de oferecer um quadro bastante real do que ocorre no interior das campanhas presidenciais.

No caso específico do texto que reproduzo abaixo, e que ele publicou em sua página na internet, Moreira Leite produz material com base em informações que obteve de gente que está na linha de frente da postulação lulista. E acho que vale a pena ler, mesmo que com reservas. Confira:

”Sinais internos da campanha de Lula

O blogue informa: os humores da campanha de Lula mudaram. Considera-se mesmo que o dossiê impediu a vitória no primeiro turno. Admite-se também que o debate mostrou um presidente fraco como há muito tempo o eleitorado não via. Mas as pesquisas dizem que até agora o eleitorado não deu o mais leve sinal de que pretenda trocar de candidato. Caso essa situação se mantenha até o final do mes, há poucas chances de Lula perder a reeleiçao, calcula-se.

Ao contrário dos discursos externos, avalia-se que Alckmin saiu-se efetivamente melhor no debate, mas teve um desempenho negativo – machucou o adversário mas não conseguiu mostrar porque poderia fazer um governo melhor. Por isso, o DataFolha mostra que venceu o confronto mas não conseguiu ganhar intenções de voto. A idéia é que, para conseguir crescer, nos próximos encontros Alckmin terá de falar sobre projetos de governo – terreno que a campanha de Lula considera menos desastroso e mais favorável, pois lhe permite falar do que fez, enquanto o adversário estará limitado a anunciar o que pretende fazer.

Os profissionais encarregados pela campanha de Lula de prescrutar os humores da população informam não ter encontrado, na memória do eleitorado, um presidente que tenha feito tanto pelos mais pobres. Esta vantagem, que vem do primeiro turno, não se modificou. A palavra blindagem, mesmo assim, é empregada com menos freqüencia.

A visão é que a experiência política real da maioria do eleitorado começa na democratização do país e, na comparação, Lula consegue sair-se melhor. Isso explica o desembaraço do presidente para fazer imensos elogios a seu governo, a comparar-se com vultos da história, a repetir a frase “nunca neste país.” Essa imagem presidencial é que explica o desempenho de Lula no primeiro turno – quando ficou a 1,4% da vitória – depois de enfrentar um corredor polonês de ataques adversários e um imenso ato de sabotagem interna. BR>
Como se viu no primeiro turno, o governo e o PT tem uma imensa capacidade de prejudicar seu candidato a presidente.

Geraldo Alckmin também demonstrou, no debate, que não é um oponente fácil de enfrentar. Tem ritmo, sabe argumentar e é capaz de…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista Paulo Moreira Leite na internet, no endereço http://blog.estadao.com.br/blog/?blog=22.

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