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MEMÓRIA. Morte de Eunice Olmedo comove professores e profissionais de comunicação

Levei um susto, perto da meia noite de domingo. Os colegas Luiz Roese e Marilice Daronco, do Diário de Santa Maria, davam conta, no Twitter, do desaparecimento de Eunice Olmedo. Quê? Aquela adorável “maluca” que sabia o signo de todos os integrantes da minha família e, a cada contato, dizia ao Pedro e à Bianca que eles tinham um pai e uma mãe muito inteligentes?

Que droga! A minha paraninfa. Aquela que, embora tivéssemos combinado um discurso de cinco minutos, falou 26, no antigo Estúdio Alfa, na noite de 500 graus de 18 de dezembro de 83? Não, não podia ser verdade. Era. Os colegas, e outros tantos que juntaram detalhes, confirmaram.

Eunice (lendo documentos) em reunião na Sedufsm

Que diabo! Um jeito horrível de terminar uma semana e começar outra. Estive nas capelas mortuárias do HC, na manhã de hoje. Mesmo sabendo que não haveria velório, sabia que lá encontraria algumas pessoas com a mesma dor. E, enfim, poderíamos lembrar um pouco dela. O Paulo Araújo, a Janea Kessler, a Viviane Borelli, o Jorge Costegnaro, a Cristina Jobim Hollerbach. Esses, lembro. Também a irmã Joice Ribas, o cunhado Armando Ribas, os sobrinhos Armandinho e Rodrigo – dos que conhecia, entre os familiares, aos quais prestei minha solidariedade.

E uma dor incrível. Que vai passar. Assim como passavam as diatribes eventuais que não impediram a Eunice de ser a madrinha sei lá quantas vezes e homenageada outras tantas, das turmas de Comunicação (quando era um só orador e um só paraninfo) e, mais tarde, Jornalismo e as demais opções.

Confesso: pensei em escrever alguma coisa mais sobre o momento. Coisa de jornalista. Mas desisti. Me socorro do colega Fritz R. Nunes, que também foi aluno da Eunice e hoje presta serviços à Seção Sindical dos Docentes da UFSM, da qual ela era associada. O texto a seguir é dele, publicado originalmente no sítio da Sedufsm. A foto também. Ah, e lá embaixo, para quem quiser mais manifestações de colegas e alunos da Eunice Olmedo, tem um “link” para o grupo da Facos 80’s, que reúne, no Facebook, mais de uma centena de oriundos da instituição. Confira: 

Professores, alunos e amigos se despedem de Eunice Olmedo

Espanto, incredulidade. Esses foram alguns dos sentimentos na noite deste domingo, 11, quando a primeira informação sobre a morte da profa. Eunice Teixeira Olmedo chegou à internet, através do twitter. Recentemente aposentada, Eunice dedicou aproximadamente três décadas de sua vida ajudando a formar comunicólogos no curso de Comunicação Social da UFSM. Diversos de seus ex-alunos postaram mensagens no twitter em que expressavam palavras muito comuns ao vocabulário da mestre, sempre expansiva, que adorava saber o signo de cada um de seus pupilos e às vezes em altos brados os chamava de “coiós”, sem que isso pudesse ser entendido como uma ofensa.

“É difícil acreditar que a professora Eunice Olmedo morreu. Quem a conheceu imaginava que ela iria durar para sempre”, declarou uma ex-aluna. “Eunice, seremos sempre coiós”, declarou outro. O carinho dos alunos era tanto por essa figura simpática, com suas inúmeras peculiaridades, que por volta de 2005, quando da popularização do Orkut, até uma comunidade foi criada com o nome de “Eunice Olmedo, forever and ever”, que possuía até esta manhã, 387 membros…” 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA QUEM QUISER CONFERIR AS MANIFESTAÇÕES FEITAS POR EX-ALUNOS E COLEGAS DE EUNICE, NO FACEBOOK, CLIQUE AQUI.

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5 Comentários

  1. A Eunice não teve filhos biológicos, mas lendo tudo isso..vejo que deixou muitos órfãos..
    Órfãos da inteligência..do respeito..da admiração.
    Lembro dela segurando o lenço no pescoço ou arrumando o cabelo Chanel atrás da orelha quando tinha que manifestar algo lúdico, emotivo ou sincero..uma menininha.
    Quero pensar que ela, inteligentemente, usava isso de saber o signo de cada um como uma forma de nos dizer que..sabia nossos pontos fortes e fracos..porque os sentia.
    Eu achava ela com um jeito de diva do cinema dos anos 20..tema que sempre conversávamos e que ela tinha domínio e maestria.
    A Eunice foi, enquanto estive na Faculdade de Comunicação, a verdadeira professora.
    Não era totalmente política, nem corretamente democrática.
    Mas era sensível. E pra mim..isso é saber se comunicar..sentir.
    Ela sentia..e calada.
    À verdadeira Mestra …com carinho.

  2. Em minha emotividade quase piegas, penso em palavras sinceras sobre perda, saudade, tristeza, e controlo minhas mãos para não digitar o óbvio, pois o óbvio seria o que
    Eunice Teixeira Olmedo menos aceitaria em sua despedida.

    Para não correr o risco de ser chamado de “coió” (ou seu superlativo: “coió-mór”) de onde quer que ela esteja neste momento, sigo no silêncio obsequioso ao qual me recolhi desde a à honra dolorida e indesejada de carregá-la até sua derradeira paragem.

    Pensando em Eunice lembro Drummond:
    “Quando nasci, um anjo torto
    desses que vivem na sombra
    disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.”

    Eunice, gauche na vida, construiu um patrimônio de carinho, respeitabilidade, admiração e uma certa ponta de inveja boa que a tornam aquilo que – em sua maravilhosa loucura – sempre desejou: transcender.

    Vai Eunice… que os anjos tortos te recebem de braços abertos.

    Beijo no coração!

  3. É muito triste chegar aqui na Facos e na abertura de um evento pedirem um minuto de silêncio em homenagem a Eunice. Acho que ela ia preferir que discutíssemos nossas relações através dos nosso signos. Ela era muito alegre: “mas olha a audácia do tupiniquim” ou “seus cóios”. Vamos sentir muita falta dela, até porque fomos uma das últimas turmas a ter aula com ela, de desfrutar de sua maravilhosa presença, ela era capaz de fazer a chamada pelos signos: caprica, sagita, virgiana, leonina, canceriano… e ainda de perguntar como estavam os namorados(as) dos alunos tbm pelo signo.

    Vai com Deus Eunice, os anjos devem estar em festa te recebendo… sentiremos tua falta…

  4. Eunice é com pezar que recebi tal noticia.
    Amiga , minha professora na COMUNICAÇÃO SOCIAL T 81,amiga , conhecedora de assuntos esotéricos, pessoa inteligente, bom papo.
    Que os seres superiores, anjos e arcanjos recebam voce de braços abertos, saudades professora e amiga,

  5. Restou a saudade e as lembranças para quem, como nós, teve o privilégio de conviver com Eunice.

    Um abraço,
    Tatiana.

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