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Falência. Yeda quer licença para negociar direto com o Banco Mundial. Dilma só desconversa

A grande realidade é essa: ao governo federal não interessa abrir exceções, no que toca ao pagamento da dívida dos Estados. E, por isso, desconversa. Ou dissimula. Ou passa adiante. Qualquer dessas três alternativas podem ser escolhidas para explicar o que aconteceu nesta quinta-feira, em Brasília, no encontro entre a governadora gaúcha, Yeda Crusius, e a Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

 

Educada e cortez, a ministra mais poderosa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu a comandante do Executivo gaúcho. Ouviu suas ponderações – basicamente um pedido para conversar diretamente com o Banco Mundial, sobre a dívida gaúcha, o que poderia significar, conforme a negociação, uma redução significativa do dispêndio mensal de hoje. E remeteu tudo para um novo encontro. Desta vez com Guido Mantega, o homem que tem a chave do cofre, no ministério da Fazenda.

 

A impressão do jornalista é uma só: Yeda sabe da impossibilidade política de o governo federal abrir uma exceção para a gauchada. Ainda que em território do Rio Grande do Sul esteja o maior entre todos os grandes forrobodós econômicos do País. No entanto, não pode deixar de tentar, sob pena de ser acusada de exatamente isso: não tentar.

 

Cumprido o protocolo, pôde até visitar a sede brasiliense do Banco Mundial, como aconteceu durante o périplo pelo planalto central. Lá, também foi recebida com educação. E, objetivamente, nada além disso. E deixa a bola correr, pra ver se pelo menos uma jogada de gol consiga ser realizada.

 

Enquanto isso, na planície, trata de resolver de outra forma os problemas de caixa. Inclusive atrasando o pagamento de salários dos funcionários públicos, o que fazia mais de oito anos que não era experimentado pelos barnabés do Rio Grande. E postergando pagamento de fornecedores, com o quais está renegociando pontualmente.

 

Soluções estruturais? Aparentemente, só no longo prazo. Ainda que Yeda Crusius tenha pressa, como tem procurado demonstrar. Se vai dar certo? Não tenho a mínima idéia. Mas desconfio que, se der, sobrará sangue jorrando pelas ruas do Rio Grande do Sul.

 

No que toca ao principal dos papagaios pendurados ao longo de décadas, pelos mais diversos governos gaúchos, a dívida para com a União. Bem, para esta vale o que está lá no primeiro parágrafo. O Palácio do Planalto desconversa, dissimula. Ou passa adiante.

 

SUGESTÃO DE LEITURA –  leia aqui a reportagem “Yeda busca em Brasília solução para mais recursos ao Estado”, em que trata do encontro da governadora com a ministra, e também os outros contados em Brasília. No mesmo link você encontra, igualmente, mais informações oriundas do Palácio Piratini.

 

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