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Bandas dos anos 60: testemunhos – por Carlos Costabeber

O artigo que escrevi sobre as bandas marciais dos anos 60 obteve uma bela repercussão junto a alguns amigos que foram protagonistas daquele período mágico de nossas vidas.

Tomo a liberdade em citar abaixo alguns desses depoimentos históricos, entre eles, a de dois santa-marienses que hoje ocupam funções importantíssimas no mundo empresarial: Milton Seligman, Vice-Presidente da Ambev, e José Acides Munhoz, Vice-Presidente do Bradesco.

Vejam:

Pô Carlinhos, nesta sua memória o traiu …..E a Banda Marcial do Colégio Maria Rocha, com igualmente mais de 100 integrantes. Modestamente eu era um razoável tocador de tarol. Importante, não tinha dinheiro público, pois nós mesmos fazíamos apresentações, rifas e atuávamos como fund raisers para financiar a banda. Muitas saudades de alguns amigos que já se foram, Gilberto Godoy – taroleiro-mor e o Amaury nosso band-leaderQualquer dúvida pergunte ao Paulo Tadeu Cavalheiro, nosso mor do naipe de trumpetes” (Milton Seligman)

A banda marcial do Maria Rocha introduziu a música popular em ritmo marcial! Talvez tenha sido a primeira do Brasil. E o grande desfile em 65 quando a Irmão Leão batizou a banda do MR? Foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida. Nós ficamos na Niederauer esperando vocês. E vocês vieram. Era noite. Adentraram no meio da nossa banda. Batíamos o pé direito mais forte e vocês batiam o esquerdo. Como éramos afilhados, excepcionalmente batemos com  o pé esquerdo.  Seguimos em direção à praça Saldanha Marinho. Apenas as duas bandas. De comum acordo, nenhum foguete podia ser barulhento para não atrapalhar a apresentação. Só estrelas espocavam no céu. Foi uma apresentação perfeita: nenhuma furada de ambas as bandas. Uma se apresentando para a outra. Que noite! Raro quem não chorasse de emoção. Desde então, nunca houve atrito entre as duas bandas. Trocávamos figurinhas seguidamente. Nos emprestávamos instrumentos e até componentes. O Tiellet viajou conosco fazendo parte de nosso expressinho (uma mini banda com os melhores componentes que tocava também música populares com baixo eletrônico, bateria. Tinhamos a maior torcida nos desfiles. O pessoal ia de madrugada guardar lugar na frente do palanque oficial. O pessoal guardou esta lembrança para sempre. É a única que reúne seus componentes anualmente para uma confraternização” (Jair Alan)

Que saudades!! Você fez passar um velho filme na minha cabeça, que momentos maravilhosos vivi e você retratou muito bem aqueles anos da década de 60. Eu tocava na banda do Maneco e minha irmã, Maria Alcione, tocava na banda do Coração de Maria. Quanta rivalidade era o irmão Leão no Santa Maria e o Binatão no Maneco, 2 grandes maestros. Tempos atrás consegui um vídeo de um pessoal que mexe com filmagens aí em Santa Maria, que retrata as bandas de Santa Maria, não é boa a filmagem, mas é bacana, tem até alguns depoimentos de figuras daquela época como o Dr. Carpes e outros. Fantástico” (Munhoz)

Viajei nas tuas lembranças, pois fizeste eu recordar do centenário de S. Maria (1958), quando assistimos o maior desfile da mocidade já visto, com espetáculos montados pelos professores de Ed física, e imenso pelo acontecimento do aniversário de S. Maria” (Mário Finardi).

Toquei na Banda do Maria Rocha, inicialmente pífaro, depois prato, tuba, surdo, até me tornar bumbeiro, onde fiquei anos a fio. O Glorocinto meu irmão, pela estatura, era porta estandarte. Foram muitas noites em claro pintando pele de bumbo e fazendo outras farras. Nosso refrão era o “Canta canta passarinho” e a música mais aplaudida era a “Marcha dos violinos”. Briga de rua, contra os “inimigos”, foram algumas… Excursões pelas outras cidades do interior, foram muitas e memoráveis...” (Ricardo Barcellos)

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9 Comentários

  1. Sou Julio Teixeira é senti uma ponta de saudade dos meus tempos de banda marcial no colégio. Toquei pífaro no Maneco, de 1965 (lembro bem do grande desfile da mocidade desse ano) até 1968. Colegas de outras bandas masculinas, como a do Hugo Taylor, a do Santa Maria e a do Maria Rocha, confesso que não tinha com eles muita intimidade, um pouco pela intensa rivalidade nos desfiles oficiais. À partir de 1969 fui para Porto Alegre tocar na Banda do Julinho até terminar o colégio em 1972. Nessa banda toquei flautin, clarinete e saxofone. Em 1969 tive a imensa satisfação de participar do campeonato estadual nesta banda, quando conquistamos o primeiro lugar. Muita saudade e a lembrança de muitas amizades e muita camaradagem. ATENÇÃO; ainda tenho algumas fotos muito boas desta minha experiência.

  2. Toquei pifaro entre 66 e 67 na “Banda Marcial do CE Maria Rocha”, com muito orgulho. Lembro do Amaury, Godoi, Aldo, “Sebinho”…os “mor”! Lembro quando rocamos de uniforme (sairam os quepes e entraram os barretes). Eu ogstava mais dos quepes! Abs a todos.

  3. Procurando por meu parceiro e vizinho Nelson Canário me emocionei lendo comentários neste blog de momentos inesquecíveis de minha vida participando da Banda Marcial do Maria Rocha. Nem lembrava de como era feliz!!! Moro hoje em Rio do Sul, SC e guardo com muito carinho estes momentos que para os jovens de hoje, são ficção. Abraços

  4. Fui mascote da banda do Maria rocha, não lembro bem o ano 1967,68 ou69.tenho uma foto e também a túnica que usava.bem guardada com orgulho. Um abraço.

  5. Sou Alvanir Fernando Zuse, tentei entrar na Banda na turma dos metais, só corneta muita pouca coisa para o meu tamanho. A turma queria que eu tocasse bumbo, pois estava faltando gente na linha. Bom vamos lá. Mor dos bumbos Aldo Coelho, dizem que anda pela Flórida, isto foi em 1967. Segundo ano me tornei mor dos bumbos, pois o Aldo foi para faculdade. Foi até 1972 tocando nos bumbos, que por sinal, fizemos várias linhas de Bumbos de primeira qualidade. Sugeri e cobrei do Jair Alan ainda nos tempos que ele andava por Concória – SC, um encontro dos ex componentes da Banda. E saiu, que deram o nome a essa Associação chamada de AMAR. Tento não faltar nenhuma, pois ela realiza encontro todos os anos nos meses de outubro em Santa Maria-RS. É muito bom quem não foi ainda, não sabe o que está perdendo. Hoje moro em Concórdia-SC comecei minha vida profissional aqui, como Engº Florestal. Hoje atuo no Ramos de Automóveis, também em Erechim-RS. Que tabém mora o JUBAL dos pífaros.

  6. Então, por acaso tropecei neste blog…
    Sou Luiz Dias e toquei por muitos anos na Banda do Maria Rocha; talves de 65 até 72, não tenho certeza. Lembro, acho eu, que entrei no segundo ano de existencia da banda, toquei pífaro e depois piston, e por fim me tornei "instrutor" dos pistons. Só saí no segundo ou terceiro ano da Engenharia. Tantos nomes que posso lembrar, como Nelson "Canário" Piva, Tadeu (fera no piston), meu grande companheiro Agostini(trombone). Amauri e seu irmão Goberi, o Joca, o Bacalhau (tarol), o Tielet, o José Luiz "Sebinho" no pífaro, , Tielet (que era o baterista do expressinho). Ricardo e Glorocinto Barcellos. Jair Alan taroleiro. E o Portella "corneteiro, que depois se tronou Mor da banda. Setembrino no pífaro, mas também era sambista e me ensinou a tocar samba no surdo. Jacaré, figura divertidíssima, que tocava trombone.E tantos outros.
    Hoje sou engenheiro, mas ainda toco de vez em quando. Vejam eu como percussionista junto com uma grande banda, no Teatro Rival, Rio, em apoio a causa beneficente.
    http://www.youtube.com/user/footkeys

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