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Crise econômica? A agricultura familiar é uma solução! – por Carlos Costabeber

Como acadêmico e empresário, sempre acompanhei os movimentos da economia mundial, mormente agora, em que enfrentamos uma crise de dimensões inimagináveis.

Nos últimos tempos, tenho afirmado que a próxima geração de brasileiros, terá que tomar as mesmas medidas amargas, que os europeus estão tomando agora. Essa crise mundial está mostrando que o Brasil não está preparado. Os erros cometidos no passado, e que ainda persistem, mostram a fragilidade em que nos encontramos. Talvez não sejamos atingidos num primeiro momento, mas certamente no médio e longo prazos, as coisas não serão nada fáceis para o nosso povo.

Basta citar o drama da indústria, que a cada dia se torna menos competitiva em nível internacional.

O Brasil, cada vez mais, depende das exportações de minérios e de produtos do agronegócio.

E foi com a cabeça fixada nesse contexto de dificuldades, que fui visitar a 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul.

Que coisa fantástica! É um outro mundo! Um outro Brasil!

Ao percorrer os corredores, ao apreciar aquela infinidade de produtos oriundos da agricultura familiar, e ao enxergar aquela grande estrutura ali montada, ganhei ânimo.

Naquele momento, confesso, vislumbrei uma grande saída para o País.

Por quê?

Porque conheço um pouco sobre mercados, e porque tenho a pretensão de ser um visionário.

Só que se, por um lado, temos uma GRANDE OPORTUNIDADE, por outro, vislumbro a necessidade de se buscar uma nova dimensão para o Movimento.

Por quê?

Porque (1)  o mundo anda numa velocidade alucinante, e (2) existe um mercado de consumo gigantesco e em crescimento constante. O projeto visando ao desenvolvimento de uma economia solidária foi uma brilhante iniciativa do saudoso Dom Ivo Lorscheiter, e que está completando 25 de existência.

Só que essa é a minha provocação!

Não podemos levar outros 25 anos para dobrar o tamanho desse programa. O crescimento tem de ser geométrico, e não aritmético.

Acredito que chegou a hora de se ter uma gestão profissional, uma visão empresarial,  para melhor aproveitar esse potencial de mercado. O Movimento tem nos seus produtos de origem familiar, a maneira para viabilizar economicamente as pequenas propriedades.

Isso é que pode ser multiplicado; enxergo um grande aumento e uma capilaridade ainda maior, na renda dessas propriedades familiares; mas seguindo dentro das premissas básicas do cooperativismo solidário.

Fica essa visão nova! O projeto de Dom Ivo se tornou um sucesso, hoje nas mãos da Irmã Lourdes. Além do trabalho evangelizador e o foco na a sustentabilidade e biodiversidade, está trazendo renda e melhor qualidade de vida para os pequenos produtores.

Por fim, vejo que o bom para o Brasil é deixar para o agronegócio a produção de alimentos em grande escala para as necessidades  da exportação, e entregar aos poucos a responsabilidade pelo abastecimento interno, às cooperativas da agricultura familiar.

Parece uma utopia! Mas Dom Ivo enxergou isso! E se ele ainda estivesse vivo, eu gostaria de discutir com ele a possibilidade de oportunizar a implantação de uma política empresarial ao seu Movimento.

Me apaixonei por essa idéia; e espero que o Brasil saiba bem aproveitar essa experiência de sucesso.

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