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COMUNICAÇÃO. O que se pode esperar da TVE, no governo de Tarso, sob o comando de Pedro Osório

É verdade que Pedro Luiz da Silveira Osório não é santa-mariense. É do sul do estado. Mas foi aqui que se graduou, em 1979, jornalista. Trabalhou na rádio Medianeira, com certeza. E no falecido O Expresso, se não me equivoco. Mas lembro dele, objetivamente, por ter sido presidente do antológico Dadeca, um dos mais ativos diretórios acadêmicos da UFSM ao tempo do regime militar.

Sim, eu estava lá. Lembro bem. Era estudante de Direito – depois, já com Pedro Osório formado, fui para o jornalismo. Mas, enfim, o que quero dizer, objetivamente, é que o novo presidente da Fundação Cultural Piratini, responsável pela TVE e pela Rádio Cultura, tem raízes profissionais com Santa Maria.

E aí? Aí que gostaria de saber, como de resto a sociedade gaúcha, o que se pode esperar da TVE, um patrimônio do Estado, completamente esfacelado nos últimos governos. Qual a posição de Pedro Osório, atualmente professor na Unisinos.  Por óbvio, a mídia tradicional só quer saber de uma suposta “regulação”, como se ela fosse responsável pelo “fim da liberdade de imprensa”. Uma bobagem muuuito conveniente levada à opinião pública.

Ah, mas e a TVE? O novo gestor trata do assunto em material produzido a partir da Unisinos. Vale a pena conferir. A entrevista, reproduzida no sítio especializado Observatório da Imprensa, foi feita pela equipe Instituto Humanitas Unisinos e publicada originalmente na revista eletrônica do IHU. Acompanhe:

ENTREVISTA / PEDRO OSÓRIO – Nova chance para a TVE-RS

Você já tem um panorama das condições em que vai encontrar a Fundação Cultural Piratini quando iniciar na presidência?

Pedro Osório -Sim. Tenho um levantamento detalhado que foi feito pelos funcionários nas últimas semanas. Além disso, eu, até então, era presidente do conselho deliberativo da Fundação Cultural Piratini e, por isso, vinha acompanhando bem a situação que é muito ruim. É uma fundação que tem duas emissoras as quais, nos últimos oito anos, não tiveram qualquer investimento em equipamentos que estão defasados. A migração para o padrão digital não está em andamento, nenhuma providência significativa, aliás, foi tomada. Mesmo um transmissor que foi adquirido na época do governo Olívio Dutra não foi instalado até hoje por razões que não se sabe bem quais foram.

Há, também, um quadro defasado. Muitas pessoas se aposentaram ou se afastaram e partiram para outras atividades. As condições materiais são muito ruins, tanto em relação a móveis quanto equipamentos. Mas especialmente o que mais preocupa é o quadro do desânimo dos funcionários pela forma com que eles vêm sendo tratados nos últimos anos, especialmente nesta última gestão. É um cenário difícil, mas do qual eu tenho conhecimento pleno.

A que você atribui esse descaso que a Fundação Cultural Piratini sofreu nos últimos anos?

P.O. -Creio que os governos dos últimos anos optaram por não investir em radiodifusão pública. Havia neste último governo um desejo manifesto de forma clara, algumas vezes; e outras, implícita de extinguir, inclusive, a Fundação Cultural Piratini. Ela era considerada um peso e uma despesa desnecessária, pois a comunicação poderia se dar apenas através dos meios privados. Atribuo isso também a determinadas dificuldades financeiras e de gestão. É, porém, evidente que os dois últimos governos não consideraram prioridade considerar emissoras que tenham um caráter público e que possam cumprir um papel diferente das emissoras de rádio e TV comerciais.

O que a TVE representa para o RS?

P.O. -Há uma pesquisa que foi feita há pouco mais de um ano e meio por profissionais de propaganda e publicidade ligados ao conselho deliberativo que indica que os gaúchos, especialmente da área metropolitana…”

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