Artigos

Olhe para o alto, veja a lua! – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

aliceJá olhou para o alto hoje? Já reparou na lua cheia que está quase em seu ápice? Já notou a beleza incomum que uma noite enluarada é capaz de transbordar nos nossos corações? Já parou para pensar que em outros tantos lugares outras tantas pessoas inclinam suas cabeças para o céu em busca desta mesma visão… a lua? Já procurou um bom lugar para acomodar-se e, além de apreciar este lindo corpo celeste, também ouvir uma boa história sobre esta noite de lua cheia?

Esta história aconteceu há muito tempo, numa terra que manava leite e mel, em meio aos desertos do Oriente Médio, num lugar onde os dias eram contados entre cada entardecer, os meses começavam na primeira lua nova de cada ciclo lunar, os costumes eram outros e acendiam-se fogueiras para esquentarem as noites frias, porém suas luzes não atrapalhavam a visão das estrelas. As horas eram divididas entre as vigílias da escuridão, após o ocaso, e o período de luz, que começava ao nascer do sol, portanto, quando o sol estava à pino, já era a sexta hora.

O primeiro mês do ano era uma época feliz e festiva, tinha uma temperatura amena de começo de primavera, pois a primeira lua nova após o equinócio desta estação marcava o dia primeiro deste mês. O rio mais famoso da região, o Rio Jordão, enchia-se com as chuvas e com a neve do inverno, que agora derretia e escorria pelas veias abertas na terra e rocha. Os campos de cevada e trigo estavam balançando ao vento, desenhando curvas e caminhos, as espigas engordando até a colheita que se aproximava, até mesmo em alguns lugares talvez já estivessem maduros o suficiente. O linho já estava reunido, suas hastes formavam fardos, suficientemente grandes para uma brincadeira de esconde-esconde. As pessoas podiam sentir a brisa durante o dia, mas agasalharem-se bem durante as noites.

Há pouco menos de dois mil anos, no décimo quarto dia deste primeiro mês, um homem teve seu dia mais difícil e longo. Um dia que começou, logo após o sol se pôr, era um dia festivo, comemorativo, com uma refeição entre familiares e amigos, os mais achegados. No menu estava incluído um cordeirinho assado inteiro, bem passado e não podiam quebrar-lhe nenhum osso, era acompanhado por ervas amargas e pão sem fermento. Comemorava-se o livramento da escravidão de um povo inteiro!

O homem alegrou-se com seus amigos, comeu uma refeição especial e bebeu com os mais achegados deles. Abriu seu coração e derramou suas emoções. Cantou e foi preparar-se para o que viria a seguir. Saiu para um lindo jardim e a lua cheia brilhava e iluminava a noite! Olhe para a lua, como ela é linda e gigantesca neste dia! Ela aparece assim que a luz do sol nos deixa e vem resplandecente, amarela e quente. Ela foi uma das testemunhas do dia deste homem e ainda hoje está no seu lugar para nos lembrar daquele dia. Quando uma horda se aproximou com tochas e espadas, ele continuou a ensinar lições até mesmo neste momento. Acompanhou seus algozes sem resistir, como um bom cordeiro que era, o melhor e mais perfeito deles. Foi traído, agredido, açoitado, humilhado e morto. Antes do fim daquele dia 14, o corpo deste grande homem já se encontrava sem energia vital, enrolado em tecido de linho, no fundo de uma sepultura alheia, cuja porta era uma grande e pesada pedra. Isto aconteceu numa sexta-feira.

Neste dia 23 de março, olhe para a lua, olhe para ela e lembre-se que um homem pediu que lembrássemos dele e do que ele fez. Neste dia 23 de março, logo após o sol se pôr, o dia será 14 de nisã, exatamente o mesmo dia que culminou na morte de Jesus há cerca de 2 mil anos. A lua vai estar linda!!!

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo