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Eleições 2010. “Acordo de procedimentos” entre Serra e Aécio traz paz provisória ao tucanato

Que ninguém pense que está tudo em paz no PSDB nacional. Não, de jeito nenhum. Ao que tudo indica, José Serra e Aécio Neves (ambos na foto) vão brigar, até o extremo limite de suas forças para ser o ungido pelo tucanato para concorrer à Presidência da República, na sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Mas, pelo menos, algum tipo de acordo se chegou entre os dois nomes do tucanato para enfrentar, provavelmente, Dilma Rousseff. Quem explica melhor o que seria esse “acordo de procedimentos” é o talentoso Tales Faria, na coluna “Coisas da Política”, no Jornal do Brasil, do qual o autor do texto é editor chefe. A foto (do arquivo da Agência Brasil) é de Fabio Rodrigues Pozzebom. Acompanhe:

 

“Tucanos em paz por algum tempo

O ninho tucano é talvez,  hoje, o mais curioso ambiente da política no país. É frequentado por alguns dos mais educados e brilhantes políticos da atualidade, como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, só para citar alguns nomes. Mas é onde se trava, provavelmente, a maior batalha intrapartidária do momento: a disputa entre Serra e Aécio para saber quem será o candidato do PSDB a presidente. E aí – não se iluda o leitor ou eleitor! – a batalha é cruel. Como toda guerra política, com intrigas, ressentimentos, histórias de traições, palavrões de bastidores, alianças difíceis de explicar.

Assim vinha o clima no tucanato, com os aliados de Serra seguros de que Aécio exigia prévias até setembro porque se preparava para deixar o partido, caso fosse derrotado, até outubro, prazo limite de filiação a outra legenda estabelecido pela Justiça Eleitoral  para quem quer concorrer às eleições de 2010. O próprio Aécio jogava lenha nessa fogueira, flertando ora com o PMDB, ora com o PSB. Seus aliados diziam cobras e lagartos de Serra e, mais tarde, até mesmo de Fernando Henrique Cardoso, depois que o presidente começou a dar sinais de preferência pelo governador de São Paulo. Mais: a disputa entre os estados de São Paulo e de Minas entrou como um ingrediente explosivo nessa guerra, com ares até de secessão federativa.

Mas, agora, quem circular pelo tucanato verá que os ânimos estão menos exaltados. Há um certo clima de paz. E o que fez isso? Foi um encontro entre Serra e Aécio, no fim de abril, em que os dois acertaram aquilo que no Congresso se chama acordo de procedimentos: já que não dá para fechar um acordo definitivo, estabelece-se um acordo em torno dos procedimentos a serem adotados por ambas as partes até o momento da disputa. E qual foi o acordo de procedimentos entre Serra e Aécio? Foi o seguinte: Serra aceita, enfim, que as prévias definirão o candidato do PSDB a presidente, não mais as pesquisas eleitorais ou qualquer outro critério. E Aécio aceita que as prévias ocorram depois de outubro, o tal prazo de desfiliação. Ficaram lá para janeiro ou fevereiro do próximo ano…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outros textos de Tales Faria, do Jornal do Brasil, no Blog dos Blogs.

 

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