Arquivo

Tucanato. Que não se diga que o PSDB não debate. Ele faz isso. E é assim que tem que ser

Vou tomar emprestados (depois, lá no final, confira a sugestão de leitura) dois parágrafos da reportagem “Tucanos buscam renovação em novo encontro”, produzida pela Agência Estado. Facilitará, imagino, o entendimento do que pretendo escrever. Confira:

“O PSDB ganhou duas das cinco eleições presidenciais que disputou, tem boas representações no Congresso, mas continua mal distribuído nos estados, queixa-se seu presidente, o senador Tasso Jereissati: em oito deles não tem um deputado federal e em outros oito, tem apenas um.

Uma recente pesquisa Ipsos apurou que para os brasileiros o PSDB (19%) é o partido ‘que mais defende os ricos’ e PT (44%) é o partido ‘que mais defende os pobres’. ‘Temos de falar com todas as classes’, cobra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “

Pois é. Por mais que se esforcem, os tucanos não conseguem ser um partido verdadeiramente nacional. São fortíssimos, a rigor, em dois Estados: São Paulo e Minas Gerais. Nessa última província, inclusive, há algumas dúvidas. A popularidade é do PSDB ou do governador Aécio Neves – que teria vôo próprio? Pois é.

 

Aliás, nem precisa ir longe. Na província de São Pedro, não fossem as alianças espraiadas, e o tucanato não governaria o Estado. É o quarto ou quinto, talvez sexto, partido em termos organizacionais. Elegeu Yeda Crusius. Mas não a sigla.

 

E na comuna? Aqui, na boca do monte, é consenso ter sido eleito Jorge Pozzobom. Como já fora Júlio Brenner. Mas não o PSDB. Os votos de um e outro são deles, não da sigla. Qualquer analista local dirá isso. E estará certo (vou defender a categoria, claro, sujeito a todas as contestações).

 

Agora, isso é ruim? Não necessariamente. Afinal, contar com gente que tem voto, como José Serra, Aécio Neves, Yeda Crusius ou Jorge Pozzobom só pode fazer bem a uma agremiação. Desde que eles continuem na sigla. E ajudem a fortalecê-la. E mais: que o partido seja, de fato, uma agremiação com princípios que possam espraiar-se por todos os setores da sociedade. Não apenas do ponto de vista sociológico (desculpa a eventual redundância), mas também geográfico.

 

E é isso que os tucanos estão debatendo. Pena que, é o que percebo, essa discussão esteja se dando muito mais na cúpula do que na base. É onde entra o encontro havido esta segunda-feira, em Belo Horizonte (do que tratei aqui na manhã desta segunda-feira). Mas talvez seja possível ampliar no tal encontro nacional previsto para setembro. Quando, também, será necessário, sob pena de ficar confinado a um extrato social específico, tratar da questão dos pobres petistas e ricos tucanos. É, isso também existe – como a pesquisa comprovou.

 

Nesse sentido, a convenção municipal santa-mariense, que acontece no próximo domingo, ainda que embuta um forte componente de rivalidade político-eleitoral, e também de métodos de gestão e, quem sabe, aspirações pessoais, é um fato a ser comemorado. Brigar, debate, discutir. Isso não é ruim. Em agrupamento social algum. Ainda mais num partido político.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Tucanos buscam renovação em novo encontro”, publicada pelo G1, o portal da Globo, com informações da Agência Estado.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo