POZZOBOM. Faz pose de candidato, discurso de candidato e até escolheu adversário preferencial. Logo…

…logo, a conclusão óbvia: é candidato. Até poderá desistir, no meio do caminho – que a política os tem, e são eventualmente insondáveis. Mas, não há dúvida, o deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB) age como quem vai concorrer à Prefeitura. Discursa como tal. E até escolheu o alvo preferencial – no caso, o atual prefeito, Cezar Schirmer (PMDB).

O editor, pensará o leitor desavisado, tirou isso de suas próprias observações. Também, é claro. Afinal, tem papeado seguidamente com o próprio Pozzobom e muita gente da área, tucanos ou não. Mas, se havia alguma dúvida, ela desaparece ao ler a entrevista do deputado ao colega Leandro Belles, do Diário de Santa Maria, e publicada neste sábado na coluna APARTE.

Ali, nem precisa ser bom entendedor, para sacar qual é a de Pozzobom. Para facilitar, reproduzo aqui apenas duas da dezena de respostas do parlamentar ao jornalista. Confira e conclua você mesmo. Ah, e lá no final ainda tem um comentário deste editor. A seguir:

“…Como é a relação do PSDB com a administração municipal?
Pozzobom – Há quem questione se o PSDB é oposição ou situação ao governo. O vereador do partido (Admar Pozzobom), por exemplo, apoia o governo em quase todos os seus projetos. Mas nem por isso somos oposição e também não somos situação só porque temos meia dúzia de cargos no governo. O PSDB inexiste dentro do governo Schirmer…

…Será fácil vencer do prefeito Cezar Schirmer (PMDB)?

Pozzobom – Não. Ele tem toda uma história política. Além disso, tem toda a máquina pública a seu favor. Agora, vale lembrar que eu sempre trabalhei por Santa Maria. Cito, por exemplo, a intermediação em assuntos, como a doação de áreas na Nova Santa Marta, investimentos da Corsan, Hospital Regional, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), municipalização do Distrito Industrial entre outros…”

OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: A posição de Jorge Pozzobom tanto mais clara fica quanto mais se percebe que, por vontade própria ou levado pelas circunstâncias, o PT, principal partido de oposição a Schirmer, se coloca na condição de apresentar um candidato de segunda linha. Isto é, sem colocar na disputa quaisquer dos integrantes da tríade de lideranças que possui. O caminho se abre para o tucano, que corre o sério risco de ser entendido, pelo eleitorado, como a única opção oposicionista. E ele não se faz de rogado, como se pode perceber.

SIGA O SITÍO NO TWITTER