KISS. Depois de audiências na capital, dois dias para ouvir peritos em Santa Maria. Oito médicos vão depor
A importância que os profissionais dão a esse ato pode ser medida pelo ACOMPANHAMENTO dado pelo próprio diretor do Instituto Geral de Perícias (IGP). Como já aconteceu nas audiências realizadas em Porto Alegre, também nas que acontecem nesta terça e quarta em Santa Maria estará presente o perito criminalístico Cleber Ricardo Teixeira Müller.
Irão depor nas audiências presididas pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, oito médicos legistas que atuaram no dia 27 de janeiro de 2013, após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 meninos e meninas. No processo há quatro réus, denunciados por homicídio qualificado. Todos em liberdade. Sobre os depoimentos, confira o material originalmente publicado na versão online do jornal A Razão. A foto é de Deivid Dutra. A seguir:
“Kiss: Oito peritos serão ouvidos em Santa Maria…
…Na tarde desta terça-feira, 06/10, começam os depoimentos dos oito últimos peritos a serem ouvidos para esclarecimentos no processo criminal da boate Kiss. Os profissionais irão falar no Fórum de Santa Maria, em sessão a ser presididas pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada.
A partir das 14h Lauro Antônio Cipriani, Cláudio Sityá e Maria Angela Zucchetto falarão. Amanhã mais cinco depoimentos estão marcados: Áureo Felipe Norberto Duarte e Alindo Roso de Vargas (pela manhã, a partir das 9h30); e Marcos Soares Reckziegel, Rubilar Martins de Souza e Cláudio Borges Fortes, das 14h em diante.
Esses peritos foram responsáveis por assinarem os laudos de necropsia das vítimas. Até agora, 11 outros profissionais falaram. Entre as manifestações mais destacadas: a perita Emmanuele Vianna Baggio, na última quinta-feira, disse não ser possível concluir que o gás cianeto que provocou as mortes provem da espuma instalada na casa noturna.
Já em 25 de setembro, os químicos Marcos José Carpes e Viviane Fassina, contaram que na amostra de espuma recolhida na boate foi observado a emissão de gás cianítrico. Mas não souberam estimar a quantidade de gás liberado, nem se seria suficiente para matar. Afirmaram ainda que outros objetos inflamáveis não foram analisados.
O próximo passo no processo é ouvir os réus. Respondem pelas 242 mortes e os mais de 600 feridos os sócios da Kiss, Mauro Hoffmann, e Elissandro Spohr, o Kiko, e o vocalista da Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o roadie do grupo, Luciano Bonilha Leão. Eles são acusados por homicídios qualificados com dolo eventual (doloso) e tentativas de homicídio. Todos os réus estão em liberdade…”
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