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Educação. Governadora diz não haver conflitos e que todas as crianças têm aula. Na verdade…

A seguir, o material distribuído aos veículos de comunicação, pela agência de notícias do Governo do Estado. O texto narra a alegria da governadora Yeda Crusius, no programa de rádio “Conversa com a Governadora”, com o início do ano letivo. Confira a reportagem e, lá embaixo, leia o meu comentário:

 

“Yeda comemora abertura de ano letivo sem conflitos na educação

 

Uma série de ações “muito inovadoras” construídas em 2007 levaram a um início de ano letivo, em 2008, sem o registro de conflitos abertos que deixassem alunos sem aulas. “Esta é a novidade”, afirmou, nesta quarta-feira (5), a governadora Yeda Crusius no programa Conversa com a Governadora, da Rádio Piratini. “Todas as crianças tem aula”, destacou ela.

Em relação aos outros anos há uma diferença nesta época do ano: “Se esperava manchetes do tipo Crianças não são transportadas, devido a problemas de transporte escolar, Faltam professores em todas as partes do Estado. Isto não está acontecendo neste ano. A grande inovação é que nós usamos de forma diferente o dinheiro público da educação”.

Gestão
A diferença desta vez é clara, observou Yeda. “O que é da educação fica na secretaria da Educação para se gastar com gestão”. Isto é, o governo usa os instrumentos a sua disposição – recursos humanos, financeiros e prédios – de formas a conseguir uma “educação para todos e da melhor qualidade. Fizemos gestão na educação. Não faltam recursos para começar as aulas”.

Yeda também falou da importância da lei do Transporte Escolar, elaborada pelo governo do Estado e aprovada pela Assembléia Legislativa por unanimidade. Ela deixou os prefeitos “extremamente satisfeitos”, disse a governadora. “Agora, todos os recursos necessários estão reservados no Orçamento para pagar o transporte por aluno e por distância, o que não existia antes”.

Outros decretos
Antes da lei, ninguém sabia o número de alunos e, independentemente da distância, o governo pagava ao transporte escolar um determinado valor por aluno. Com a mudança, os recursos estão garantidos pelos próximos cinco anos. “No ano passado foi um problemão, mas mostramos que queríamos consertar e consertamos”, frisou Yeda, ao lembrar que foram assinados, também, outros decretos de importância.

Um deles é do programa Escola Aberta Para a Cidadania – 150 escolas em todo o Estado abrirão no final de semana para a comunidade, com atividades esportivas, de lazer e culturais. Yeda ainda citou a assinatura do decreto do programa Segundo Tempo, de inclusão social pelo esporte – coloca professores de educação física para alunos praticarem esportes no turno inverso ao das aulas em municípios com índices de maior violência e menor desenvolvimento.

A governadora também ressaltou, como um fator relevante, a continuidade do projeto de alfabetização aos seis anos. “Este foi o meu projeto para a educação durante o ano passado, junto com a secretária Mariza Abreu. Só que quem vai pagar os gastos deste projeto piloto de três métodos de alfabetização aos seis anos, testado no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, é o governo federal, tal é o seu entusiasmo com o projeto”.

 

 

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: O entusiasmo de Yeda Crusius (na foto de Ivan de Andrade, da agência de notícias do Palácio Piratini), no programa de rádio gravado nesta quarta-feira, é compreensível – do ponto de vista do governo. Os problemas até podem ter sido menores, pelo menos, agora em 2008. Mas há conflitos, sim, e são bastante graves. Um deles, que atinge o estado inteiro, é a chamada enturmação, combinada com o fechamento de escolas. Alguns desses atos são bastante contestados, o que significa que nem tudo está tããão calmo. Aliás, muito pelo contrário.

 

Outra afirmação da governadora – todas as crianças têm aula – também não é beeem assim. Pelo menos em Santa Maria. Aqui, como mostra o Diário de Santa Maria, houve falta de docentes em pelo menos seis turmas – uma no colégio Dom Antonio Reis, cinco no Instituto Olavo Bilac. E, claro, o ainda insolúvel problema do transporte escolar. Que, no caso específico da boca do monte, deixou quase 500 alunos sem aulas. Logo…

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa do Palácio Piratini.

 

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