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Ministério. Lula só mudará 30%. Seria o caso, então, de muita gasolina para pouco fogo?

Daqui a pouco, às 10 da manhã, se reúne em Brasília a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Mais tarde, talvez ainda antes do meio dia, esteja formalizada a indicação de três nomes petistas para o Ministério. E a relação será entregue, então, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

É uma óbvia, e legitima, do ponto de vista político, pressão sobre a vontade presidencial. Não é pouca coisa. Afinal, pra quem esqueceu, Lula, além de fundador, é o Presidente de Honra do PT. Do trio a ser nominado ao Presidente, dois estima-se sejam mesmo ministros: o deputado baiano Walter Pinheiro, para o ministério do Desenvolvimento Agrário, e o ex-deputado paulista Luiz Eduardo Greenhalgh, para a secretaria especial de Direitos Humanos.

 

O terceiro, e não por acaso principal, nome é o da ex-prefeita de São Paulo, e histórica petista, Martha Suplicy. Ao que tudo indica, será indicada para ocupar o ministério das Cidades. E é aí que a porca torce o rabo. Não há um só analista que entenda diferente: Martha é o nó a ser desatado, na formação do primeiro escalão do segundo mandato lulista.

 

Mas, talvez, seja o único. Afinal, segundo todos os indicativos, não além de um terço dos integrantes do ministérios sofrerá modificação, para os próximos quatro anos. E esse é o tema, aliás, de reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, em texto assinado por Vera Rosa. A confirmar-se a previsão, não seria o caso de muita gasolina para pouco fogo? Hein? Dê uma lida na reportagem, e tire tua própria conclusão:

 

“Lula deve trocar menos de 1 terço dos ministros

Avaliação é de que governo ‘está dando certo’, mas presidente enfrenta ruidosas disputas entre aliados

 

A reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cozinha em fogo brando há quase quatro meses será menor do que deseja fatia expressiva dos partidos aliados. Em conversas reservadas, Lula tem afirmado que, se dependesse dele, nem mexeria na equipe porque, no seu diagnóstico, o governo “está dando certo”, com menos estrelas e mais técnicos. Pelos últimos cálculos do presidente, as trocas previstas para a segunda quinzena de março não devem atingir nem um terço dos 34 ministros.

Os maiores problemas residem em questões que envolvem ruidosas disputas entre governistas e imbróglios na seara do PT. Apesar de se divertir testando o humor da base de apoio com informações contraditórias, Lula ainda planeja levar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o primeiro escalão. A dúvida é como encaixá-la no Ministério das Cidades sem causar grandes traumas para o PP, que hoje administra a pasta. A Executiva Nacional do PT reforçará amanhã (
segunda) a indicação de Marta.

O segundo impasse diz respeito à indicação do ministro da Saúde. Lula acertou com o governador do Rio, Sérgio Cabral, a nomeação do médico José Gomes Temporão, mas a bancada do PMDB na Câmara esperneia. Motivo: tem outros cinco pré-candidatos à vaga, todos deputados, e não aceita Temporão.

O presidente também tem dúvidas sobre como contemplar o PDT, o mais novo integrante da coalizão. Quer desalojar o PT da Previdência Social para entregar ao PDT, desde que o nomeado seja o deputado Miro Teixeira (RJ), ex-ministro das Comunicações. Os pedetistas, porém, lutam para emplacar Carlos Luppi, presidente do partido.

DISSABORES

O ringue político reserva outros dissabores a Lula, que pretende pôr o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) na Integração Nacional, mas procura uma fórmula para curar as feridas do PSB de Ciro Gomes – machucado com a derrota de Aldo Rebelo (PC do B-SP) na eleição para o comando da Câmara. O mercúrio do Planalto consiste em oferecer compensações em estatais aos socialistas, que perderiam Integração, mas permaneceriam em Ciência e Tecnologia.

“O PSB é aliado de primeira hora: estará não apenas no ministério como no segundo escalão”, diz o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente da legenda…
”

 

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