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Lá como cá. Ambição ao poder é requisito indispensável ao político. Mas às vezes dá problema

Sem mais delongas, acompanhe a coluna assinada por Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo. Ela se refere genericamente ao Brasil e especificamente à capital bandeirante. Seu mote: a eleição de 2010, com a passagem inevitável pela que acontece agora, em outubro de 2008. No final, o meu comentário. Confira:

 

“A vocação da derrota

 

A gente não pode nem dar um pulo ali em Washington porque, quando volta, encontra tudo de pernas para o ar na politicagem nacional e os tucanos trocando bofetadas em praça pública.

 

José Serra era o candidato natural do PSDB à Presidência e estava em primeiro lugar nas pesquisas em 2006, mas quem levou a candidatura foi Geraldo Alckmin. Assim como Alckmin não ajudou Serra na eleição de 2002, Serra também lavou as mãos para Alckmin em 2006. Todos os tucanos perderam juntos tanto em 2002 quanto em 2006. Mas não aprenderam nada.

 

Agora, Alckmin é o candidato natural do PSDB à Prefeitura de São Paulo e está na dianteira das pesquisas, mas o partido não consegue responder em consenso se é melhor ir com um nome próprio para a disputa, ou garantir uma aliança com o DEM para a eleição que realmente interessa: a presidencial, em 2010.

 

No andar da carruagem, Alckmin e o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, vão disputar um contra o outro no primeiro turno, enquanto a petista Marta Suplicy corre lépida e fagueira em faixa própria -e com o PT unido.

 

Serra anda no inferno astral, com o PSDB rachado dentro de São Paulo e acossado pela divisão nacional, em que parecem todos, mineiros à frente, contra São Paulo. Leia-se: contra o meio São Paulo serrista.

 

Ou seja, Serra enfrenta Alckmin dentro de casa e, fora, dá de cara com Aécio Neves, em aliança com o PT em Minas e com Tasso Jereissati, Sérgio Guerra e parte dos governadores – além do próprio Alckmin, claro – no resto do país.

 

Aliás, registre-se a crescente desenvoltura de Aécio e a aparente submersão de Serra no cenário nacional. Um dá entrevistas, viaja, desfila com petistas e até namora misses. O outro parece imobilizado nessa teia Alckmin-Kassab.

 

Se não perderem a eleição na principal capital, o que passa a ser possível, os tucanos já entrarão em 2009 e 2010 cheios de cicatrizes e sequelas internas que…”

 

 

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: há gente, sobretudo no PMDB, mas também no PP, imaginando certas semelhanças entre o imbroglio tucano-demista-petista lá, com o enrosco do frentão schirmista cá. Será que esse povo tem razão e que é possível, meeeesmo, fazer a analogia?

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo “A vocação da derrota”, de Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo.

 

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