AssembleiaSanta MariaTragédia

KISS, 28 MESES. Assembleia acolhe familiares das vítimas e sobreviventes. Que não escondem queixas

Integrantes da Organização Não-Governamental La Vida, da Argentina, que representa as vítimas do incêndio da Boate Cromagñon, ocorrida em 30 de dezembro de 2004, estiveram presentes. Foi a solidariedade na dor, inclusive porque, conforme a presidente da entidade portenha, Nilza Gomes, as tragédias ocorridas em Buenos Aires e Santa Maria são similares, assim como as sequelas e os sentimentos dos familiares e sobreviventes.

A imagem que comove a todos foi levada para a audiência pública que discutiu sentimentos e sequelas dos sobreviventes da tragédia que matou 242 meninos e meninas, e que encontrou...
A imagem que comove a todos foi levada para a audiência pública que discutiu sentimentos e sequelas dos sobreviventes da tragédia que matou 242 meninos e meninas, e que…

Pois foi exatamente a questão das sequelas que pautaram boa parte do debate havido hoje na Assembleia Legislativa, em audiência pública que teve como um dos solicitantes o santa-mariense Valdeci Oliveira. Mais tarde, o assunto será retomado aqui, mas agora vale conferir o amplo relato produzido pela Agência de Notícias do Legislativo. A reportagem é de Olga Arnt, com fotos de Juarez Júnior (embaixo) e Juliana Mutti (acima)

Familiares de vítimas da Boate Kiss denunciam falhas no atendimento e criticam atuação do MP 

Familiares das vítimas do incêndio da Boate Kiss, de Santa Maria, participaram nesta quarta-feira (27) – data em que a tragédia completa dois anos e quatro meses – de audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a situação do atendimento social, psicológico e de saúde aos sobreviventes e o acompanhamento do caso pelo Ministério Público. A reunião foi promovida pelas comissões de Saúde e Meio Ambiente e de Cidadania e Direitos Humanos, por solicitação dos deputados Valdeci Oliveira (PT), Catarina Paladini (PSB) e Jeferson Fernandes (PT).

... solidariedade dos argentinos familiares de vítimas da Cromagnon, como Nilza Gomes (C)
…encontrou solidariedade dos familiares de vítimas da Cromagnon, como Nilza Gomes (C)

encontrou

Segundo o presidente da Associação das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sérgio da Silva, no primeiro momento, as autoridades mostraram esforço e dedicação no atendimento às vítimas. No entanto, com o passar do tempo, houve um recuo, embora os problemas de saúde dos sobreviventes e de seus familiares tenham permanecido, ou até se agravado. Entre as consequências apontadas pelo dirigente da entidade estão o surgimento de doenças neurológicas, insônia, depressão, crises de ansiedade, transtornos alimentares e doenças dermatológicas, além de sequelas no sistema respiratório, registradas com frequência em sobreviventes e socorristas.

A dona de casa Zilda Pattati, mãe de um estudante de 18 anos que sobreviveu ao incêndio, relatou que enfrenta dificuldades permanentes para garantir atendimento ao filho, especialmente, quando ele adoece aos finais de semana. “Ele não escolhe o dia para adoecer. Desde outubro, já gastei mais de mil reais em consultas e exames. E o pior é que o Hospital Universitário de Santa Maria forneceu um medicamento com data da validade que venceria antes do fim do tratamento”, revelou.

Outra queixa diz respeito à falta de médicos psiquiatras no Hospital Universitário para atender aos sobreviventes e familiares. De acordo com Flávio José da Silva, pai de um sobrevivente, há oito psiquiatras no HUSM, mas nenhum presta atendimento às vítimas da Kiss. Além disso, as trocas constantes de equipes, segundo ele, atrapalham o tratamento e obrigam as vítimas “a remexer na ferida”

Há consenso entre as autoridades de que os procedimentos relativos ao atendimento devem ser repactuados. Para isso, o presidente da Comissão de Saúde, Valdeci Oliveira, propôs a realização uma reunião no dia 10 de junto, às 14h, na Assembleia Legislativa, com representantes do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria de Saúde de Santa Maria, 4ª Coordenadoria de Saúde, Ministério Público, Universidade Federal de Santa Maria e Secretaria Estadual de Direitos Humanos para reorganizar o trabalho. “O momento é outro. Precisamos ajustar os ponteiros para continuar apoiando as famílias, os sobreviventes e os socorristas, buscando, inclusive, um plano de ação para quem necessita de acompanhamento fora do município de Santa Maria”, frisou Valdeci….”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo