De pronto, o editor opina: há mais chances de sucesso na operação policial, inclusive com o desmembramento das competências de cada delegado federal, do que numa divulgação ampla do escândalo que pode ter dado um prejuízo de R$ 5 bilhões ao contribuinte (mais que uma “Lava Jato”. Afinal, a mídia (que até noticia, no rodapé de página) não se mostra interessada nesse rolo que pode envolver seus anunciantes mais queridos e até ela própria.
De todo modo, para facilitar a investigação, os delegados, em audiência pública na Câmara dos Deputados (AQUI), informaram sobre o desdobramento. E trouxeram informações interessantes (que a mídia não deu foro público), como os valores em discussão no Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Troquinho. Coisa de R$ 1,3 milhão em discussão e R$ 5 bilhões em sonegação (de um total de R$ 19 bilhões investigados em 74 processos – entre eles os que envolvem os gaúchos Gerdau e RBS). Coisa pequena, claro. Por isso a divulgação é pra lá de discreta. Deve ser isso, não?
Ah, e tem mais: foi instalada a CPI da Zelotes no Senado. Ops, da Zelotes, não, do “Carf”, segundo o noticiário. Aliás, a propósito, confira o material publicado pelo jornal eletrônico Sul21. Na verdade, uma reportagem da Agência Brasil, assinada por Mariana Jungmann, com foto de Geraldo Magela, da Agência Senado. Acompanhe:
Senado instala CPI para investigar denúncias da Operação Zelotes
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf) foi instalada nesta terça-feira (19). Autor do requerimento de criação da CPI, o senador Ataydes de Oliveira (PSDB-TO) presidiu a reunião e foi conduzido como presidente da CPI.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) será a relatora e o senador Donizete Nogueira (PT-TO), o vice-presidente. Eles terão 120 dias para apurar as denúncias envolvendo integrantes do Carf e apresentar o relatório que será votado pelos membros da comissão, que tem 11 titulares e sete suplentes.
A CPI do Carf foi motivada pela Operação Zelotes da Polícia Federal, que apontou casos de corrupção no conselho responsável por decidir sobre recursos na área tributária. O conselho pode modificar multas aplicadas pela Receita Federal ou até determinar a anulação delas. O Carf é vinculado ao Ministério da Fazenda.
Pelas investigações da PF, há casos em que conselheiros recebiam propina para manipular os julgamentos. O prejuízo provocado pela quadrilha à Receita Federal pode chegar a R$ 19 bilhões, segundo estimativa da polícia.”
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Que o editor quer pautar a mídia nacional de acordo com suas convicções políticas todo mundo sabe. Por isto defende a "regulação econômica da mídia".
Zelotes era maior que a Lava a Jato, agora encolheu? Número era inflado para chamar mais atenção? Até o rombo no fundo de pensão dos correios é maior que a Zelotes… Noticiaram 5,6 bilhões.
Operação Lava a Jato-CPI da Petrobrás. Operação Zelotes-CPI do CARF. CPI não investiga a operação policial, investiga a instituição/órgão.