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Bom debate. Um “xô” às diversas formas de preconceito, o alvo (atingido) em evento da Sedufsm

Com a presença de três dezenas de assistentes participativos, aconteceu na noite de segunda-feira um importante debate na sede da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. No já tradicional, e por aqui sempre elogiado, evento “Cultura da Sedufsm”, o tema foi a necessidade de combater todas as formas de preconceito.

 

Três deles receberam prioridade na discussão: a homofobia, o racismo e o machismo, com direito inclusive a uma representação teatral. Os detalhes do que foi tratado você encontra no material distribuído pela assessoria de imprensa da entidade, com texto e foto do jornalista Fritz Nunes. Acompanhe:

 

“Participantes do Cultura na SEDUFSM denunciam a homofobia, o racismo e o machismo

 

Quem compareceu na noite fria desta segunda, 13, ao auditório da Seção Sindical dos Docentes da UFSM presenciou um debate extremamente esclarecedor sobre as causas do preconceito. A abordagem focou três aspectos: a homofobia, o machismo e o racismo. Guilherme Passamani, professor do departamento de Ciências Sociais da UFSM, destacou que, no Brasil inexistem políticas públicas contra a homofobia. Na temática referente ao machismo, a professora do departamento de Fundamentos da Educação da UFSM, Valeska Oliveira, analisou que ainda vivemos sob um código normativo social que superdimensiona os valores masculinos. Já a professora Carmen Nassar, do departamento de Letras Estrangeiras e Modernas da UFSM, trouxe à luz as origens do racismo, que foi resultante, no Brasil, segundo ela, de um processo de “embranquecimento ideológico e cultural”. A coordenação da mesa de debates ficou a cargo do professor do departamento de Geociências da UFSM, Carlos Pires.

Cerca de 30 pessoas prestigiaram a 40ª edição do Cultura na SEDUFSM desta segunda, que contou ainda com a performance teatral de Jéferson Ilha, da Cia Retalhos de Teatro (foto). Ele apresentou o monólogo “Eu e o espelho”, que abordou a crise de identidade do ser humano, pano de fundo para a discussão em pauta. A discussão sobre o preconceito foi inspirada em uma deliberação tomada em fevereiro de 2009, durante o 28º Congresso do ANDES-SN. A sugestão para debate em âmbito das seções sindicais foi do Grupo de Trabalho de Etnia, Gênero e Classe, que acabou sendo aprovada pelos congressistas, em Pelotas.

DIREITOS
– Na ótica do professor Guilherme Passamani, é de se lamentar que ainda hoje, em pleno século XXI, ainda se precise fazer seminários para discutir e combater o preconceito. Infelizmente, disse ele, ainda existem pessoas ao redor do mundo que são mortas em virtude de sua opção sexual. “A homossexualidade é criminalizada em 70 países”, acrescentou. No Brasil, explicou ele, mesmo que não haja uma condenação aberta, não se consegue aprovar no parlamento uma legislação que conceda direitos aos homossexuais. A união civil entre pessoas do mesmo sexo continua encontrando resistência ferrenha entre deputados e senadores ligados às mais diversas igrejas, especialmente as evangélicas. “Os homossexuais são alienados de 37 direitos, um deles, o de doar sangue”, frisou Passamani…”

MACHISMO – A professora Valeska Fortes de Oliveira concordou que, do ponto de vista ideológico, a esquerda também é racista, homofóbica e machista. Questionada pela plateia se não estaria fazendo uma generalização, Valeska disse que apesar de reconhecer que não são todos que são preconceituosos, seria importante partir de uma admissão de culpa coletiva para enxergar o problema e combatê-lo. Os traços de uma cultura patriarcal estimula não somente uma visão de mundo machista, mas também homofóbica, segundo ela.

BRANQUEAMENTO – Conhecemos quase tudo sobre os europeus, os nossos colonizadores, e quase nada sabemos a respeito dos índios e dos africanos. A argumentação é da professora Carmen Nassar, que também faz parte do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros na UFSM. Segundo ela, o Brasil vive sob a “ideologia do branqueamento”, que, no entanto, é negada. Conforme os dados de Carmen, entre 1850 e 1914, 30 milhões de europeus emigraram para o Brasil com o aval dos governos. Segundo a professora, em 1890, 35% da população era branca. Após o fluxo migratório, há pouco tempo é que os negros passaram ter uma fatia percentual menor que 50%…”

 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa da Sedufsm.

 

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