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Conluio esperto. Saiba como a mídia grandona atua para defender o megaescroque Daniel Dantas

Não são desprezíveis as chances de o grã-fino e megaescroque Daniel Dantas (na foto de Wilson Dias, da ABr) escapar de punição e, assim, conseguir manter o trocão todo que conseguiu amealhar ao longo dos últimos 20 anos. E, nesse caso, aquelas pouco menos de 48 horas, serão as únicas  em que passará no xilindró, pego em flagrante pela operação Satiagraha, no início de julho, e solto (releia aqui) pelo ministro presidente do Supremo Gilmar Mendes.

 

Agora, como sempre, Dantas conta com o apoio inestimável da mídia grandona (e, por osmose, também pela que se acha). Agora, como isso é possível, sem que a sociedade se dê conta? Ah, claro, uma boa dose de esperteza e, também, de estratégia. Não, não é delírio. Acompanhe, a propósito, o manual feito pelo jornalista (pra lá de sério) Luis Nassif. Você se assustará. Mas talvez seja o único jeito. A seguir:

 “Para entender a cobertura

 Como fazer para defender Daniel Dantas sem que o leitor perceba?

A fórmula é simples:

1. Criam-se factóides em torno de grampos. Caso típico é a capa da Veja. Até agora nem ela, nem Gilmar Mendes, nem Demóstentes Torres apresentaram um dado sequer de que o grampo foi da ABIN.

2. Criado o factóide, deflagra-se o processo legal-administrativo, seja através do STJ ou do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

3. Consumado o movimento, os jornais voltam a defender escutas e procedimentos mais radicais. Livram a cara, depois de terem cumprido sua missão.

4. O mesmo vale para o equipamento de grampo da ABIN. Ampla cobertura ao que Nelson Jobim falou. Depois, aquele desaforo de afirmar que o equipamento pode ser usado para grampo, desde que acoplado a um equipamento próprio para grampo.

5. Afasta-se Paulo Lacerda e, agora, os desmentidos vêm a conta-gotas. Mas o objetivo já foi alcançado.

6. Finalmente, com a história do agente aposentado do SNI que ajudava na operação, a mesma coisa. Monta-se um movimento para “criar jurisprudência” através dos jornais. Algo insólito, mas entra jornal e colunista afirmando taxativamente que a Operação foi comprometida. Há toda uma discussão por trás, em que esse movimento atua como advogado de uma das partes. Depois de atingido o objetivo, ouça-se a outra parte, mas aí sem risco de comprometer a tese principal: livrar Daniel Dantas.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras notas e análises produzidas e publicadas pelo jornalista Luis Nassif.

 

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