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Pressão. Empresas de ônibus começam a demitir. Seriam 100 postos de trabalho a menos

Nesta quarta-feira, acontece mais uma reunião do Conselho Municipal de Transportes. Não há, até o momento, qualquer indicativo sobre a possibilidade de ser posta em discussão uma revisão nas tarifas de ônibus urbano – embora a defasagem alegada pelas empresas concessionárias de trasnporte coletivo.

Desde fevereiro, o valor (R$ 1,60) não é reajustado, provocando, de acordo com as empresas, desequilíbrio na tabela de custos. Houve uma tentativa de aumento em maio, quando a prefeitura propôs R$ 1,80. O Conselho recebeu parecer de um professor da UFSM, indicando que a tarifa poderia custar R$ 1,57. A prefeitura decidiu manter o preço anterior, formou uma comissão para discutir “gratuidades” e “itinerários” e nada aconteceu – exceto a demissão do secretário do setor, que nada teria feito.

Agora, porém, a situação fica ainda mais grave. Ao mesmo tempo em que a administração anunciou uma nova comissão (esta para tratar das concessões, na medida em que, entre os temas em discussão, se encontra até licitação para linhas urbanas), a tarifa segue do mesmo tamanho e as empresas anunciam demissões.

Seriam cerca de 100 postos de trabalho a menos, com os avisos-prévios sendo distribuídos ao longo desta semana, segundo informa a repórter Letícia Rodrigues, em notícia que o jornal A Razão está publicando nesta terça-feira. Confira:

Demissões nas empresas de transporte
Cerca de 100 funcionários começaram a receber os avisos prévios. Motivo é o não reajuste da tarifa

As empresas da Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros de Santa Maria (ATU) começaram a entregar, ontem, os avisos prévios para os cerca de 100 funcionários, entre motoristas e cobradores, que serão demitidos. A informação é do presidente da ATU, Edmilson Gabardo. A medida foi anunciada ainda na sexta-feira. O número representa cerca de 15% do total de funcionários, que chega a 700, conforme a Associação.

No entanto, até o final da manhã de ontem, as demissões ainda não haviam sido comunicadas aos funcionários. “Ouvimos comentários, boatos, mas não sabemos de nada oficial por parte da empresa”, disse um motorista, de 26 anos, que trabalha na função a dois anos e meio. Apesar disso, o clima é de apreensão. “Receio de perder o emprego todo mundo tem”, afirma um cobrador, de 21 anos, que está na profissão há quase quatro anos.

A razão das demissões é o não reajuste da tarifa de ônibus, que continua custando R$ 1,60. Os empresários do setor argumentam que com o preço, estão tendo prejuízos de R$ 15 a 20 mil por dia, não tendo mais como pagar os funcionários.

A decisão de manter o valor da tarifa, que é praticada desde fevereiro de 2005, ficou definido em maio, durante reunião do Conselho Municipal de Transportes, decisão que foi referendada pela Prefeitura. A ATU quer que o valor aumente para R$ 1,80.

Com as demissões, deverá haver uma redução de 15% nos horários e trajetos das linhas, medida que já havia sido solicitada à Prefeitura pela ATU. Gabardo afirma que, caso haja reajuste na tarifa dentro de um mês, período do aviso prévio, as demissões poderão ser canceladas.

A próxima reunião do Conselho Municipal de Transportes está marcada para amanhã, às 8h. Pelo menos até agora, o assunto da tarifa não está na pauta. Segundo o presidente do Conselho, Cláudio Scherer, no encontro deve ser apresentado um estudo feito pelos representantes da Universidade Federal de Santa Maria sobre a criação de um Comitê de Assessoramento Técnico Permanente.

O outro assunto em pauta será a proposta da União Santamariense dos Estudantes, que vincula o fornecimento de alvará de localização para as…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br.

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