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PERSONAGEM. A Sininho presa, a Sininho ativista, a Sininho que a mídia conseguiu forjar. É ela, meeesmo?

Sininho é assim tããão perigosa? Mais parece uma personagem criada a caráter para… Bem…
Sininho é assim tããão perigosa? Mais parece personagem criada a caráter para… Bem…

Elisa de Quadros Pinto Sanzi foi presa na véspera do final da Copa do Mundo, em Porto Alegre. Inicialmente provisória, a prisão foi tornado preventiva – logo depois de um habeas-corpus em seu favor ter sido deferido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Elisa, na verdade, talvez sua mãe conheça. O “mundo” a chama de outra forma: Sininho.

E aí está. Afinal, quem é Sininho? Este editor não morre de amores, muito pelo contrário, pelos ativismo “black-bocks” (será essa, mesma, a grafia?). Entende que eles, se politicos são, prestam serviço aos setores mais conservadores da sociedade, embora se digam de esquerda ou, vá lá, anarquistas. No entanto, da mesma forma que abomina o fato de manifestantes utilizarem máscaras, repele a criminalização do uso delas e, sobretudo, dos que, num ambiente democrático, protestam. Mesmo que sobre o nada. Caso da gaúcha tornadafamosa.

Dito isto, uma dúvida não existe: Elisa, ou Sininho, é muito menos do que se diz dela. Mas o que se diz é o que conta, no ambiente midiático altamente conservador (para dizer o mínimo) em que vivemos. Aliás, como surgiu essa personagem? Um interessante trabalho foi produzido por Sérgio Martins, professor da PUC do Rio de Janeiro e que está publicado no portal de Luis Nassif. Vale conferir, afinal, de onde aparece, como aparece e por que ficou tão famosa a Sininho. A seguir:

Dissecando a personagem Sininho pela imprensa

O caso de Sininho é particularmente instrutivo, por seu destaque, para reconstituir o funcionamento da imprensa na condução de verdadeiros linchamentos públicos. Sua primeira aparição nas páginas de um jornal, salvo engano, foi na famigerada página dos “70 vândalos”, em 17 de outubro, a mesma que rendeu do editor-executivo Pedro Dória elogios à equipe por “revelar personagens”; lá ela era “Sininho do barulho”. Nas matérias relacionadas a essa prisão, as evidências contra Sininho são o fato dela ter declarado que “vive na rua” e ter em sua página de Facebook um símbolo anarquista (ou seja, o crime aqui é a simpatia anarquista). Apesar disso, um depoimento de outra ativista refuta a ideia de que Sininho seja líder do que quer que seja, reiterando que “o movimento não tem líderes.”

Daí em diante o Globo começa a seguir seu personagem, construindo-o ao longo da trajetória. Em 25 de outubro, fotografa ela falando para professores em greve. Sua aparição seguinte é já em fevereiro de 2014, novamente como um personagem, agora no conto de terceiros: é a história do advogado Jonas Tadeu, que diz ter ouvido de Sininho sobre as “ligações” entre Fábio Raposo e Marcelo Freixo. Em declaração ao jornal, no dia 10, Sininho nega ter sido fonte das declarações e diz inclusive que sempre repudiou a violência mesmo como tática de protesto. Nas matérias seguintes, o nome dela segue flutuando, embora fique claro para o leitor que a acusação real contra ela é, no máximo, a de intermediar apoio jurídico a presos em protestos.

Com a morte de Santiago, o tom das matérias se acirra. No dia 13 aparece num box de “perfis”, dentro de uma matéria intitulada “Ataque à Liberdade de Expressão”, na companhia do advogado Jonas Tadeu e de Fábio Raposo. O “perfil”, escrito por Elelnice Bottari, vem com o título: “Com nome de fada, mas fama de encrenqueira”. Uma reedição do “Sininho do barulho”. Apesar de reconhecer que pouco se sabe da vida dela antes das manifestações, a autora afirma que seu discurso mudou e a retrata como alguém que inicialmente “pedia calma” aos black blocs com quem “caminhava junto”, mas que conquistou liderança no Ocupa Câmara e gritava palavras de ordem e segura ovos para atirar em Chiquinho Brazão (PMDB), aquele que foi empurrado goela abaixo como presidente da CPI dos Ônibus. Diz ainda que Sininho foi presa por desacato por supostamente ter chamado de “macaco” um policial e que ela teria chamado jornalistas de “carniceiros”. Esse último ponto vem junto de uma frase sobre a morte de Santiago, como que para insinuar alguma espécie de simpatia ou concordância com o ocorrido. Logo em seguida, Bottari escreve que Sininho “arrumou mais confusão” ao ser acusada por Jonas Tadeu de ter falado da tal ligação com Freixo. Repito: ela foi acusada, desmentiu a acusação dias antes, mas aparece na matéria como o sujeito da frase: “arrumou mais confusão”.

No dia seguinte, 14 de fevereiro, entra em cena o factóide das doações de vereadores e do delegado Orlando Zaccone, sob o título “Manifestações Violentas em Xeque”. A matéria de Luiz Ernesto Magalhães abre comentando que mesmo após sua prisão (com os “70 vândalos”), Sininho continuou “circulando com desenvoltura” nos salões da Câmara de Vereadores. A própria matéria reconhece que a finalidade das doações era uma festa de Natal para a…” 

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3 Comentários

  1. Ora as manifestações são LIGÍTIMAS e tem que continuar, porém as depredações tem que acabar. Se Sininho está sendo processada não é pq ela é santinha. Algo ela fez para ser processada e presa. Sei que tem partidos ou pessoas que se beneficiaram, mas a população ordeira e empresários não tem que pagar por ações de vândalos. Pq cobrem a cara? Para encobrir as suas ações. Isso tem que ter fim.

  2. "Nassif tem um site com patrocínio do Banco do Brasil. Tem programa na TV Brasil (canal do governo) e tem coluna na Carta Capital."
    Isto chama-se, competência.
    Crie um blog GEF e concorra com o Claudemir Pereira e os demais.
    Isto é empreender, iniciativa, livre concorrência e os demais preceitos da economia.

  3. Nassif tem um site com patrocínio do Banco do Brasil. Tem programa na TV Brasil (canal do governo) e tem coluna na Carta Capital.
    Sergio Martins é jornalista com doutorado em história da arte.
    "prestam serviço aos setores mais conservadores da sociedade": óbvio que não só isto, os referidos "anarquistas" ajudaram a acabar com as manifestações com as quebradeiras. Qual foi o personagem que mais perdeu com as manifestações? Quem anda de braço com a família Sarney?
    Para os acusados de serem black blocks vale o que está no inquérito/processo. Logo, a imagem feita pela imprensa fica na imprensa e os que se sentirem prejudicados podem apelar para o judiciário. Tão errado quanto quem julga culpado sem conhecer os fatos é quem julga inocente sem a referida informação.

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