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KISS. Ministério Público ainda avalia possibilidade de reabrir inquérito sobre improbidade. Familiares de olho

Adherbal Ferreira (em foto do dia da divulgação do inquérito): “vamos continuar atentos”
Adherbal Ferreira (em foto do dia da divulgação do inquérito): “vamos continuar atentos”

Na noite desta quinta você leu, aqui, nota em que o editor falava de uma das reivindicações (ou cobranças, se preferir) feitas pelos familiares das vítimas, em encontro havido com representantes do Ministério Público. No caso, o destino do mais recente inquérito envolvendo a tragédia da Kiss – e divulgado pela polícia há 10 dias.

Mas esse, talvez, não tenha sido o principal assunto dos representantes das vítimas. Sim, tem ainda aqueeeele inquérito inicial, contra o qual as famílias se rebelaram e que pode ser de novo avaliado pelo Ministério Público. É que estão esperando, como você pode conferir, também, na reportagem de Tiago Baltz, que o jornal A Razão está publicando em sua edição desta terça-feira. A foto é de Gabriela Iensen (arquivo AVTSM). A seguir:

kiss seloPais e familiares da Kiss tem encontro com promotores e cobram resultados

“A expectativa é que desta vez não seremos traídos pelos fatos novamente”, disse na manhã de ontem Adherbal Ferreira, presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) após encontro com os promotores Mauricio Trevisan e Joel Dutra com pais e familiares de vítimas da tragédia da boate Kiss.

Os promotores são os responsáveis pela análise do inquérito policial entregue no dia 18 de julho que apurou fraudes em documentos apresentados pelos donos da boate Kiss para a obtenção de alvarás e a aceitação por parte do município desses documentos que estariam em desconformidade com a legislação.

Na esfera criminal houve 18 novos indiciados por crimes de falsidade ideológica, falso testemunho, fraude processual, prevaricação e crimes contra a administração do Meio Ambiente.

Do resultado da investigação também depende o futuro do processo civil da Kiss. Em setembro passado foi feita uma solicitação ao Conselho Superior do MP para o inquérito civil da tragédia não fosse arquivado em relação a integrantes da prefeitura. No dia 10 de outubro, por determinação do Conselho Superior do MP, o inquérito civil retornou para análise dos promotores Maurício Trevisan e Ivanise Jann de Jesus, em Santa Maria.

Desde então os promotores esperavam as conclusões policiais para decidir se o inquérito civil será ou não reaberto.

Ontem, não foi antecipado nenhum resultado da análise do material pelo MP. Segundo o promotor Trevisan, não há um prazo estipulado para terminar o trabalho, por conta da complexidade do caso.

Daqui para frente, há três possibilidades: que os promotores analisem o material e decidam abrir uma ação por improbidade administrativa contra agentes públicos; eles podem pedir novas diligências; e, ainda, podem novamente pedir o arquivamento do caso, o que levaria a uma nova análise do Conselho Superior do MP.

Há ainda a decisão sobre os 18 novos indiciados criminalmente. Os promotores acreditam que o resultado das análises deve sair em cerca de 15 dias. Para os familiares, Trevisan garantiu que o trabalho está sendo feito de maneira isenta e da forma mais eficaz possível.

“Vamos continuar atentos, com o resultado apresentado pela Polícia Civil, impossível não haver elementos para a reabertura do processo de improbidade”, disse Adherbal.”

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Um Comentário

  1. Nunca vi um absurdo maior que este.Como pode demorar tanto este inquérito sendo que 242 jovens perderam suas vidas em uma simples boate,por culpa de empresários irresponsáveis que visaram somente lucros ?e
    E aí,será que não pensam como estão os familiares que criaram seus filhos com sacrifício querendo o melhor para eles ?Se não querem críticas,que resolvam logo está questão,esta espera é mto dolorosa para os familiares .Quem somos nós para julgarmos alguém,mas porque não trabalharam direito,com segurança para que ninguém corresse risco de vida?Se a impunidade continuar neste país,com certeza outros crimes desta dimensão poderão acontecer novamente e os pais nunca terão sossego qdo seus filhos saírem de casa.Que a justiça seja feita,só isto que estas famílias querem e esperam ansioso,infelizmente é o que restam p eles.Fica aqui minha indignação e solidariedade aos familiares!!!

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