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TRÉGUA? Promotores e familiares da Kiss têm três horas de reunião. Ninguém mudou de posição. Mas…

Uma longa reunião em que as posições foram expostas. Acordo? Nenhum. Porém...
Uma longa reunião em que as posições foram expostas. Acordo? Nenhum. Porém…

Foram três horas de reunião. O artifice do encontro foi a Seção Sindical dos Docentes da UFSM, através de seu presidente, Rondon de Castro. E na sede da Sedufsm estiveram representantes das entidades que representam os familiares das vítimas da Kiss e também dirigentes da Associação do Ministério Público do RS. E nenhum Promotor de Justiça de Santa Maria.

Pelo relato que você lerá a seguir, percebe-se a manutenção de um sentimento de tristeza dos familiares com a ação do MP da boca do monte. Também ficarão sabendo que estão, sim, estremecidas as relações entre a Promotoria e a Polícia Civil, autora do inquérito quase todo ele desconhecido pelo MP. E isso foi dito pelos próprios representantes do Ministério Público.

Também notarão que, apesar de tudo, há um sentimento de que é possível melhorar as relações entre as partes, ainda que não se perceba qualquer mudança de opinião. E também é possível conferir ao menos um resultado concreto: a retirada das faixas que os Promotores consideram ofensivas, e que são de responsabilidade de familiares.

Vale a pena conferir o excelente (e fiel) relato do colega Fritz Nunes (também autor das fotos) para o que aconteceu na tarde passada, na sede da Sedufsm. Acompanhe:

...ao menos um sinal de boa vontade houve: sai o banner que MP considera ofensivo
…ao menos um sinal de boa vontade houve: sai o banner que MP considera ofensivo

MP quer “pacificação” com familiares de vítimas da Kiss

… Foram quase três horas de reunião entre os promotores Antonio Carlos Paiva Hornung, Sérgio Ianni Harris e Nilson Pacheco, membros da diretoria da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMPRS), junto com familiares de vítimas da tragédia da Kiss, na sede da Sedufsm e com a intermediação do presidente do sindicato, professor Rondon de Castro. Conforme os próprios promotores, o objetivo da reunião era estabelecer uma “pacificação” no relacionamento entre Ministério Público Estadual (MPE) e familiares, já que houve um estremecimento e um rompimento no diálogo desde 27 de janeiro de 2014, quando o Movimento Santa Maria do Luto à Luta, com o apoio da Sedufsm e de outros sindicatos, colocou em vários pontos da cidade, inclusive em espaços da Ufsm, faixas e banners contendo uma charge (de autoria de Carlos Latuff) com críticas à postura do MPE na condução do processo relacionada à tragédia, no que se refere ao caso de envolvimento de agentes públicos.

O resultado mais prático da reunião foi a decisão, por parte dos familiares, de retirar os dois banners que ainda estavam em espaços públicos: um deles na tenda da Associação de Familiares (AVTSM), na praça Saldanha Marinho, que foi retirado ainda no final da tarde, com a presença dos promotores, e outro em frente ao prédio da boate Kiss, que será retirado na manhã desta sexta, 25, às 8h30. Os que haviam na sede da Sedufsm e em espaços da Ufsm já haviam sido retirados, no final de março, em comum acordo com a Associação do Ministério Público, após reunião em Porto Alegre, do qual participou o professor Rondon.

Sérgio Harris, que é vice-presidente da Associação, já no início da reunião, afirmou que desejava muito mais “ouvir os familiares” e assim tentar entender o porquê da quebra de confiança entre MPE e os familiares. Para o promotor, era difícil compreender a motivação que levou a que o MP fosse colocado como “réu” em toda essa situação, sendo que o Ministério Público seria a instituição para estar ao lado dos familiares. A resposta veio de Carina Corrêa, mãe de uma vítima de 18 anos, que pereceu na boate em 27 de janeiro de 2013. Na avaliação dela, os promotores de Santa Maria pressionaram os familiares para que não fizessem qualquer movimentação mais forte, pois isso poderia causar o “desaforamento” do processo contra os réus, ou seja, ser levado de Santa Maria para outra comarca.

Além disso, conforme Flavio José da Silva, do Movimento SM do Luto à Luta, os promotores também teriam prometido aos pais uma “punição exemplar” em relação aos responsáveis pela tragédia, incluindo aí os agentes públicos da prefeitura e do Corpo de Bombeiros, o que acabou não acontecendo. Em relação ao processo cível, tratando da improbidade administrativa, Silva enfatizou que os familiares se sentiram “traídos” pelo MP…”

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