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Parlamento. Troca de comando nas siglas da Câmara. Nada que faça a lua cheia virar crescente

É muito pouco provável que ocorra mudança substancial no comportamento das bancadas partidárias na Câmara dos Deputados ou no Senado. No entanto, algumas trocas de nomes se darão agora, no início do novo ano legislativo. Aliás, no Senado, nem isso ocorrerá, para deixar claro. Os protagonistas das lideranças continuarão sendo os gritalhões Ideli Salvatti, no PT, e o agora pré-candidato (hehehe) à Presidência Arthur Virgílio, do PSDB. E, no meio, pendendo (bastante) para a direita, o demista José Agripino Maia.

 

Na Câmara dos Deputados até que haverá alguma animação, nesse início da nova jornada legislativa. O PSDB (e que outro poderia ser?) tem uma disputa interessante entre serristas e aecistas. Que pode ter algum significado futuro. E no DEM sai o gaúcho Ônix Lorenzoni e entre o baiano ACM Neto. Em comum o fato de ambos serem candidatos a prefeito, o primeiro de Porto Alegre, o segundo de Salvador.

 

Aliás, a propósito da movimentação e do eventual, e quase inodoro, nessas alturas do jogo, troca-troca de líderes no parlamento brasileiro, há uma didática reportagem publicada no site especializado Congresso em Foco. Ela é assinada pelo jornalista Fábio Góis. Confira:

 

“Câmara troca líderes. No Senado, tudo na mesma

Arthur Virgílio e José Agripino se “eternizam” nas lideranças. Tucanos na Câmara brigam, enquanto petistas costuram nome de Rands

 

Um contraponto marca o redesenho das lideranças de bancada no Senado e na Câmara para 2008. Enquanto, entre os deputados, algumas disputas já se acirram com a proximidade das eleições municipais, no Senado, os líderes devem continuar os mesmos. Um deles, aliás, está nessa posição há oito anos, caso de José Agripino (RN), à frente do PFL e do DEM. Já o senador Artur Virgílio (PSDB-AM) vai para o sexto ano na liderança da bancada tucana.

 

À medida que se aproxima o pleito de outubro, os partidos na Câmara usam como termômetro as condições de elegibilidade de seus deputados em seus redutos. Os futuros líderes sabem que, uma vez no comando de seus partidos, terão os holofotes da grande mídia, de forma que a visibilidade obtida reforçará sua imagem perante o eleitorado. Já no Senado, instituição conhecida pelo “espírito de equipe” que une seus membros, as mudanças serão quase nulas.

 

Em ano de eleições municipais, o posto de líder de bancada em ambas as Casas costuma render bons dividendos eleitorais e políticos. Além, da visibilidade na imprensa, ser líder amplia o quadro de funcionários disponível (o que significa mais verba), mais influência nas decisões de temas caros aos partidos. Até a cota postal e telefônica ganha um reforço.

 

Entretanto, liderança no Parlamento significa mais responsabilidade, algum desgaste e, quase sempre, muita dor de cabeça. Em partidos grandes, por exemplo, algumas correntes internas não raro apresentam divergências político-ideológicas, sem contar os embates com outras legendas. Aí entra o papel mediador do líder. Função que pode representar o esgotamento físico-psíquico ao final de cada ano. É caso da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), que admitiu ao Congresso em Foco estar estafada ao final de seu terceiro ano (não-consecutivo) na liderança petista.

 

O peso das urnas

 

Mal começou o ano de eleições municipais, as bancadas partidárias na Câmara já analisam a situação nos estados para operar mudanças significativas em seus comandos. Ao contrário do Senado, algumas bancadas sinalizam tendência de renovação. Tudo indica que, no próximo pleito eleitoral, a maioria dos partidos terá como critério de escolha dos novos líderes a elegibilidade em prefeituras das principais cidades brasileiras.

 

À exceção do PMDB – que já reconduziu o deputado Henrique Alves (RN)-, as siglas aguardam apenas o fim do Carnaval para redesenhar seu formato. As atividades do Congresso estão previstas para começar já no dia 6 de fevereiro, uma quarta-feira de cinzas.

 

Reconduzido ao posto de líder desde o fim do ano passado, Alves, que é primo do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), diz que não tem pretensões eleitoreiras com a liderança e que lá continuará por “aclamação” da legenda.

 

A medir pelas palavras de seu líder na Câmara, o PMDB não tem nas eleições municipais a prioridade do partido neste ano. Entretanto, com ministérios-chave ocupados por seus membros – a exemplo de Edison Lobão (Minas e Energia), Nelson Jobim (Defesa) e Hélio Costa (Comunicações), só para citar três dos seis ministérios -, a força política da maior bancada do Senado e no Câmara continua…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Câmara troca líderes. No Senado, tudo na mesma”, de Fábio Góis, no Congresso em Foco.

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