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VEJA O LEIAUTE. Feirantes vão a Schirmer com projeto para voltar à Praça

Entre 11 e 11 e meia da manhã desta quinta-feira, uma comissão de feirantes pretende conversar com o prefeito Cezar Schirmer. O objetivo: discutir e apresentar uma proposta para o retorno das feiras à Praça Saldanha Marinho – de onde foram deslocados há cerca de dois meses.

Para o encontro, os trabalhadores elaboraram um texto e um desenho (leiaute), mostrando como ficaria a distribuição dos expositores – de forma, como informou a minha fonte, “que não atrapalhasse e nem atravancasse a praça”.

Veja, no leiaute, como os feirantes pretendem ocupar outra vez a Praça Saldanha Marinho

Abaixo, você lê a íntegra do texto, assinado por João Carlos Konrad Lemes, em que é possível saber a posição a ser apresentada pelos feirantes, entre outras questões. Acompanhe:

Em Santa Maria, um outro mundo não é possível

Pelo menos aqui em Santa Maria, diante da decisão da Prefeitura em proibir a Feira da Economia Solidária, também chamada de Feira do Cooperativismo, “um outro mundo não é possível”. A feira ocorre na Praça Saldanha Marinho há mais de 21 anos e gera trabalho e renda para mais de 150 famílias.

Essa Feira, movimento organizado dos produtores rurais e urbanos, sempre conviveu respeitosamente com todos os governos que passaram ao longo desse tempo pelo comando da Prefeitura. E, estranhamente, nessa administração comandada pelo prefeito Cezar Schirmer, houve essa proibição.

É preciso que se esclareça a toda população, e não só aos participantes da Feira, em nome do quê ou de quem foi tomada essa decisão?

É de difícil compreensão que o Governo  do Município elimine, não permita que a população de Santa Maria tenha o direito de adquirir os produtos diretamente de quem produz, em um local tradicional de comercialização e de fácil acesso.

Não é fácil entender e aceitar que um governante seja responsável por colocar em situação de vulnerabilidade mais de 150 famílias que usufruem dessa feira há mais de 21 anos e a tem como fonte de renda bastante previsível e constante.

Mais difícil, ainda, é compreender como que os estabelecimentos e entidades comerciais do município podem estar de acordo com isso. Ou será que a renda dessas mais de 150 famílias não é importante para a economia do município?

Já disseram que a maioria dos produtores coloniais não é do município de Santa Maria. É verdade. Já foi usado, como argumento, que esses produtores de fora do  município estariam em Santa Maria “recolhendo dinheiro” com suas vendas e levando para suas cidades de origem e por lá gastando. Isso não é verdade. Qualquer levantamento que for realizado entre esses produtores chegará à conclusão que mais ou menos 80% desse lucro auferido é totalmente gasto em Santa Maria.

Muitos têm filhos que estudam e pagam seus estudos e pela sua moradia aqui em Santa Maria. Quase todos compram produtos em estabelecimentos comerciais da cidade. Enfim, o dinheiro arrecadado na Feira da Economia Solidária é revertido para os cofres públicos de Santa Maria.

Qual é o problema que a Feira causa para Santa Maria? A população de Santa Maria é contrária à realização da Feira na Praça Saldanha Marinho? Ou, é o fato de a Feira ser resultado de um movimento organizado e atuante há mais de 21 anos e proporcionar trabalho e renda para mais de 150 famílias?

São quatro meses de penúria financeira imposta pela proibição aos feirantes. Quatro meses privando a população de Santa Maria do acesso aos produtos da Feira.

Uma feira que tem calendário anual definido, com data e hora para início e término não pode ser um risco para a paisagem do centro da cidade. A feira ocorre nas datas pré-estabelecidas, sem causar transtornos permanentes nem apropriar-se em definitivo do espaço público. Em qualquer lugar do mundo, acontecem feiras, itinerantes, em praças centrais e nem por isso são proibidas. Principalmente as que são organizadas e respeitadoras do espaço público.

Os consumidores de Santa Maria, os produtores e o comércio da cidade não podem ficar sem a Feira da Praça Saldanha Marinho. O Governo do Município não pode proibir uma feira que acontece há mais de 21 anos porque, durante todo esse tempo, uma nova economia aconteceu aqui. Um projeto que é conhecido e reconhecido no mundo inteiro, projetando o nome de Santa Maria mundo à fora, gerando novas possibilidades a uma camada da população que está excluída do trabalho formal, não pode ficar à deriva. O prefeito Cezar Schirmer não pode perder o trem da história. 

João Carlos Conrad Lemes

Integrante da Economia Popular Solidária, Escritor e Acadêmico da História na UFSM” 

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9 Comentários

  1. Luiz :Tem razão o senhor João Carlos: em Santa Maria o mundo que ele quer – graças a Deus – não é mais possível.Quem – de sã consciência – quer ver a Praça Saldanha Marinho (cartão postal da cidade, como qualquer praça central de qualquer cidade) novamente loteada, atrapalhando a passagem de pedestres?As estátuas servindo para amarra de barracas?Os canteiros servindo de depósito?Este discursinho de “situação de vulnerabilidade”, “movimento organizado” e outras bobagens ideológicas da idade da pedra, em um texto flagrantemente escrito por terceiros cujo interesse verdadeiro é o ganho de visibilidade a um projeto eminentemente político coordenado sabemos bem por quem…Ao contrário do que pensa quem pariu esse Manifesto, o povo de Santa Maria está muito bem atendido em opções para compra de hortifrutigranjeiros nos supermercados e fruteiras legalmente estabelecidos (estes sim gerando impostos, empregos e renda).Diga-se “NÃO” ao retrocesso.Quem não quiser se adequar aos novos tempos, que vá reclamar ao Papa, já que a freira não tem mais o poder que um dia pensou ser para sempre…

    Inclusive, a “freirinha” de franjinhas; é da turminha do vermelhinho Leonardo Boof, e da sua malfadada teoria “satânica” da “teologia da libertação” e que foi escomungada pelo saudoso Papa JOÃO PAULO II! Esta pseudo-teoria queria igualar Marx a CRISTO,…isto jamais,…nem o Papa e nem os verdadeiros Cristãos permitiriam. Outra coisa,…essa “freirinha” é reconhecida pelo Vaticano? Duvido!

  2. Luiz :Será que existe alguém que defenda a volta da esculhambação à Praça Saldanha Marinho?Será que veremos de novo os bustos de personagens da história local servindo de amarra para cordas de barraca?Diga-se “NÃO” ao retrocesso.Quem não quiser se adequar aos novos tempos, que vá procurar outras paragens…

    Idem as palavras do Luiz. Abraço!

  3. Saúl :Olá bom dia.Os espaços públicos como o próprio nome diz, são da população, portanto para uso comum dos cidadãos da Boca do Monte. Se a proibição não aconteceu anteriormente foi porque os Prefeitos que antecederam ao atual foram frouxos, e não tomaram uma atitude em defeza do direito coletivo da população. Ficou tão critica a situação da Praça e arredores, que estava quase impossível de se transitar por ali. Oque esse pessoal precisa fazer é se cooperativar, e alugar um espaço para expor, e vender os seus produtos. Não eh assim que fazem os comerciantes? Espero que o Prefeito não retroceda.

    Faço minhas as palavras do Saúl. Abraços!

  4. Cara deixa de ser bobão, em momento algum eu disse que sou professor de portugês. Você sofre da doença crônica da cumpanhêrada, sem argumentos tenta desqualificar por outros meios as criticas aqui estabelicida. Dá um lida no que diz o teu Presidente, vai ver quanto idiotice e erros de portugues ele vive a dizer. Cara o ex Prefeito de voces foi um frouxo, deixou o atual prefeito numa pepinosa naquele aumento da passagem que ele teria que dar e não deu no final do madato. Você deve estar esperando uma boquinha neh, ou anda pelos blogs a soldo de algum politico!

    ET. Mesmo com meu portugues ruim você me entendeu, e agora me entenderá melhor ainda.

  5. LUIZ, será que vc não se deu conta que a campanha para Prefeito em 2012 já começou. A freira seria a irmã de franjinha?

  6. Tem razão o senhor João Carlos: em Santa Maria o mundo que ele quer – graças a Deus – não é mais possível.
    Quem – de sã consciência – quer ver a Praça Saldanha Marinho (cartão postal da cidade, como qualquer praça central de qualquer cidade) novamente loteada, atrapalhando a passagem de pedestres?
    As estátuas servindo para amarra de barracas?
    Os canteiros servindo de depósito?
    Este discursinho de “situação de vulnerabilidade”, “movimento organizado” e outras bobagens ideológicas da idade da pedra, em um texto flagrantemente escrito por terceiros cujo interesse verdadeiro é o ganho de visibilidade a um projeto eminentemente político coordenado sabemos bem por quem…
    Ao contrário do que pensa quem pariu esse Manifesto, o povo de Santa Maria está muito bem atendido em opções para compra de hortifrutigranjeiros nos supermercados e fruteiras legalmente estabelecidos (estes sim gerando impostos, empregos e renda).
    Diga-se “NÃO” ao retrocesso.
    Quem não quiser se adequar aos novos tempos, que vá reclamar ao Papa, já que a freira não tem mais o poder que um dia pensou ser para sempre…

  7. Será que existe alguém que defenda a volta da esculhambação à Praça Saldanha Marinho?
    Será que veremos de novo os bustos de personagens da história local servindo de amarra para cordas de barraca?
    Diga-se “NÃO” ao retrocesso.
    Quem não quiser se adequar aos novos tempos, que vá procurar outras paragens…

  8. Olá bom dia.
    Os espaços públicos como o próprio nome diz, são da população, portanto para uso comum dos cidadãos da Boca do Monte. Se a proibição não aconteceu anteriormente foi porque os Prefeitos que antecederam ao atual foram frouxos, e não tomaram uma atitude em defeza do direito coletivo da população. Ficou tão critica a situação da Praça e arredores, que estava quase impossível de se transitar por ali. Oque esse pessoal precisa fazer é se cooperativar, e alugar um espaço para expor, e vender os seus produtos. Não eh assim que fazem os comerciantes? Espero que o Prefeito não retroceda.

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