BRASÍLIA. Ministros papeiam com Dilma para traçar estratégia contra impeachment. Deputados vão ao STF

Um dia que se presume tenso em Brasília, nesta terça-feira. De um lado, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por mais encalacrado que esteja, tentando fazer avançar a ideia do impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff. De outro, o contragolpe, com reuniões entre a base aliada e os ministros da Presidente e uma ação juridical no Supremo Tribunal Federal, que tem como um dos protagonistas o deputado federal Paulo Pimenta.

Um bom apanhado do que aconteceu na segunda-feira e que tende a se estender nesta terça pode ser encontrado em material originalmente publicado no portal Fato Online. A reportagem é de Mário Coelho, com foto de Reprodução. Acompanhe:

“Dilma reúne ministros e traça plano para barrar impeachment. Deputados vão ao STF

A presidente Dilma Rousseff reuniu seus principais ministros na manhã desta segunda-feira (12) no Palácio da Alvorada para traçar uma estratégia para derrubar os pedidos de impeachment apresentados à Câmara dos Deputados. Participaram da reunião os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ricardo Berzoini (Governo). Numa ofensiva jurídica, deputados de PT e PCdoB resolveram acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) no final de semana como forma de bloquear a instauração do processo contra a petista. 

No sábado também houve reunião almoço no Alvorada, com a participação do mesmo grupo de ministros. Eles avaliam até mesmo a possibilidade de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitir a abertura do processo de impeachment já nesta semana, em consequência da informação de que foram praticadas novas pedaladas e editados créditos suplementares sem autorização legislativa também em 2015.

Pressionado pela oposição após a revelação das contas, Cunha deve decidir em bloco nesta terça-feira (13) sobre o destino de sete pedidos de impeachment contra a presidente Dilma. Líderes de oposição devem realizar reunião preparatória na noite desta segunda em Brasília para traçar também a sua estratégia de ação.

As três ações dos deputados do PT e do PCdoB foram protocoladas no STF entre sexta (9) e sábado. A reclamação foi elaborada pelos deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP). Ela será relatada pela ministra Rosa Weber. Já os mandados de segurança são assinados pelos deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Rubens Pereira Junior (PCdoB-MA). Rosa Weber vai relatar uma das peças. A outra ficou com o ministro Teori Zavascki.

Ao apresentar os mandados de segurança e a reclamação, todos com pedidos de liminar, os deputados do PT e do PCdoB pretendem ganhar tempo para o governo conseguir reunir sua base em número suficiente para derrubar a tática da oposição. A avaliação corrente é que nem aliados muito menos oposicionistas possuem votos suficientes para o impeachment ser aprovado. São necessários 342 para o processo ser admitido e enviado ao Senado para julgamento…”

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