Por Maiquel Rosauro
O trancamento das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) pelos educadores estaduais, nessa segunda-feira (23), enfureceu o governo do Estado. O Palácio Piratini convocou uma coletiva de imprensa para criticar os atos que ocorreram em diversos municípios, inclusive em Santa Maria.
De acordo com a secretária adjunta da Educação, Iara Wortmann, o Rio Grande do Sul foi o único Estado que não realizou, na segunda, a testagem da Prova Brasil, do Ministério da Educação, que avalia o rendimento escolar dos estudantes.
“É uma vergonha quando uma prova dessa importância não pode ser realizada. Só faz isso quem não tem compromisso com a Educação”, assegurou Iara
Como de costume, o CPERS/Sindicato não demorou a responder ao governo. A presidente da entidade, Helenir Schürer, disse que vergonha é pagar um salário defasado aos educadores.
“Dizer que o Rio Grande do Sul foi envergonhado nacionalmente porque não pode fazer a Provinha Brasil hoje (ontem), eu acho que é ter pesos diferentes do que é realmente vergonha. Vergonha o Rio Grande do Sul passa quando o Brasil todo sabe que ele é o Estado que pior paga seus trabalhadores em educação”, rebateu Helenir.
Nesta terça, às 16h, governo e CPERS realizaram uma nova reunião na Secretaria de Educação. A audiência, desta vez, foi convocada pelo Piratini. Helenir já avisou que espera uma proposta do governo em relação ao atraso e parcelamento dos salários. A greve da categoria teve início em 5 de setembro e segue por tempo indeterminado.
Proposta do governo é óbvia. Salários continuarão a ser parcelados este ano e o ano que vem. Greve? No momento que a recuperação deste ano (se e quando fosse iniciada) passar muito do início do próximo ano letivo, congratulações, 2017 será perdido. A troco de nada. No RJ já andaram perdendo um semestre.