Lula e o PMDB. Os dois lados podem sair com os louros da vitória. Se souberem aproveitar
A tese é das mais interessantes. Não é minha, mas a compartilho. É do veterano comentarista político Etevaldo Dias que, na sua página de internet, explica bem direitinho. A Luiz Inácio Lula da Silva interessa mais que apenas (o que já é bastante) os votos do PMDB, que virão, com a provável exceção de meia duzia (literalmente) de senadores. É importante para Lula ter obtido, como será confirmado em seguida, o apoio institucional do aliado grandão. Lhe dá credibilidade e força para ampliar mudanças que entende necessárias. Inclusive algumas cabeludas, como as reformas Tributária e da Previdência.
Já os peemedebistas talvez até ganhem mais. E não apenas cargos, que eles serão bem-vindos e em quantidade mais que razoável. Mas em cacife para, enfim, tornar-se uma agremiação – com divisões, mas um mínimo de unidade. Que seja com Lula, então. È isso. Ou mais ou menos isso. Em todo caso, você pode entender diferente. Para isso, nada melhor que ler a reflexão de Etevaldo, que começa falando até da questão dos impostos a serem reduzidos. Confira:
Lula pede ajuda do PMDB para redução gradual de impostos
O presidente Lula fez um bom negócio ao ampliar o diálogo com o PMDB, incorporando entre os interlocutores a porção institucional da legenda. O PMDB pode colher frutos com esse movimento, não só os mais imediatos, de aumentar a participação na administração pública, mas o de se fortalecer como partido nacional.
O encontro de Lula com o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP) pareceu inspirado na praxe diplomática, seguindo um roteiro previamente elaborado. Não se falou de cargos nem da aspiração peemedebista de presidir a Câmara, por ter tirado das urnas eletrônicas o maior número de deputados. A agenda para o crescimento, apresentada por Lula, também já havia sido acertada entre o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) e Temer.
É uma agenda para agradar a todos os gostos. Um texto eminentemente político, provavelmente da lavra de Genro, que acena em variadas direções, a saber:
1) Para os partidos, defendendo uma reforma política e a criação de um conselho para acompanhar as ações de governo.
2) Para estados e municípios, falando em fortalecimento da Federação, com reexame das dificuldades fiscais individuais, e enfrentamento dos problemas da segurança pública.
3) Para os contribuintes, vislumbrando uma reforma tributária com redução gradual de impostos e estímulos a investimentos, desoneração seletiva para a produção de bens e serviços destinados à população de baixa e média renda.
4) Para o social, com a consolidação das políticas de transferência de renda integradas a ações de natureza educacional.
5) Para o país em geral, com o compromisso de crescimento “mínimo” de 5% nos próximos quatro anos, controle da inflação e prioridade para investimentos em infra-estrutura, educação, saúde e ciência e tecnologia; e com o propósito de que as despesas correntes tenham evolução inferior à do crescimento do PIB.
Essa agenda deve ser submetida à Executiva Nacional do PMDB na terça-feira e, por convocação desta, ao Conselho Político do partido, ao qual vai caber a decisão final pela participação na coalizão governista, provavelmente ainda na próxima semana.
Como não pairam dúvidas sobre o resultado dessas consultas, pode-se dizer que Lula sai lucrando em relação ao primeiro mandato, ao receber o apoio formal do maior…
SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog do jornalista Etevaldo Dias na internet, no endereço http://blogdoet.blig.ig.com.br/.
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