Vai dar rolo. Martha Suplicy e o PT insistem para que ela assuma o ministério das Cidades
Há muitos indícios acerca da nomeação, ufa, do ministério do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva ainda esta semana – antes ou depois da visita do presidente ianque George W. Bush, e antes da convenção do PMDB, que acontece no próximo domingo.
Mas há, ainda, um grande enrosco nesse caminho. O PT, mesmo quieto, insiste na nomeação de Martha Suplicy. E mais: querem por que querem que a ex-prefeita assuma o ministério das Cidades, e não, por exemplo, o Turismo, que não rende verba, visibilidade e, claro, votos futuros.
Só que o PP, dono da pasta, através de Márcio Fortes, já ensaia uma rebelião. E tem lá suas razões – inclusive o fato de Lula ter sinalizado sua preferência pela manutenção do atual titular. E agora? Hein? Não sei, mas li com atenção, e reproduzo agora pra você, a reportagem a respeito, assinada por Vera Rosa e publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. Confira:
PT insiste em encaixar Marta na equipe de Lula e atropela aliados
Exposição da ex-prefeita contraria presidente e sua intenção de assumir Cidades já levou PP a ameaçar rebelião
Às vésperas da reforma ministerial, é intensa a operação de bastidor deflagrada nos últimos dias para tentar encaixar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) na equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pedido de Lula, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, sondou o presidente do PP, deputado Nélio Dias (RN), e o líder do partido na Câmara, Mário Negromonte (BA), sobre a possibilidade de um acordo para a legenda entregar o Ministério das Cidades. Em troca, ofereceu não apenas a Agricultura como o comando da Infraero.
Tarso disse, ainda, que o governo poderia compensar o PP com estatais à escolha da sigla. Tudo com o objetivo de abrir vaga para Marta em Cidades. O problema é que o PP recusou a oferta, apresentada no domingo à noite. Além disso, prometeu ir para a oposição, caso seja obrigado a ceder a cobiçada cadeira. ‘O PT não pode pôr a faca no pescoço do presidente Lula para ele voltar atrás em acordos nos quais já deu sua palavra’, reclama Negromonte, expondo com todas as letras o racha na base aliada. ‘O Ministério das Cidades é nosso!’
Dona de temperamento explosivo e sem paciência para o que chama de ‘conversa mole’, Marta foi taxativa: pediu a seu grupo que submergisse no burburinho sobre a reforma, prevista para ocorrer após a convenção do PMDB, dia 11, ou até mesmo antes, se Lula conseguir fechar tudo até quarta-feira.
Dias antes de saber da dura conversa com o PP, a ex-prefeita recebeu telefonema de Tarso. O ministro foi escalado para dissipar boatos de que Lula não a queria no primeiro escalão.
Interlocutores acostumados a decifrar os humores do presidente garantem: o que ele não quer, mesmo, é parecer pressionado pelo PT. Foi por isso que a cúpula do partido, enquadrada pelo Planalto, mudou de estratégia. Num recuo tático, guardou a lista das indicações que entregará a Lula, embora todos saibam que Marta está no topo, e decidiu trabalhar em silêncio
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